Momento em que Ivan Leite presta depoimento no 1º Tribunal do Júri -  (crédito: Assessoria Imprensa TJMG)

Momento em que Ivan Leite presta depoimento no 1º Tribunal do Júri

crédito: Assessoria Imprensa TJMG

O filho de Adélcio Leite, Ivan Nunes Leite, negou participação no assassinato de José Carlos Augusto Couy em seu depoimento no julgamento no 1° Tribunal do Júri de Belo Horizonte. Ivan disse que não sabe nada sobre o assassinato e afirmou que não tem noção sobre qual motivo foi envolvido no crime.

 

Além de Ivan, também é julgado Pablo Pinto dos Santos, que é acusado de feito os disparos que matou José Carlos. Segundo as investigações, o crime foi arquitetado por Adélcio, tendo como executores Ivan e Pablo. José Carlos foi morto a tiros em 22 de novembro de 2019, em Córrego Floresta, na zona rural de Malacacheta, no Vale do Mucuri.


Adélcio, um dos “Irmãos Leite”, também deveria ser julgado, mas ele morreu em 17 de junho de 2020 numa emboscada, quando saía de uma barbearia, em Lagoa Santa. O crime ainda não esclarecido.

 

O julgamento, presidido pelo juiz Thiago Gandra, teve início com a escolha dos sete jurados. São seis mulheres e um homem. Quatro testemunhas foram ouvidas na parte da manhã, assim como Ivan. 


 

No fim da manhã aconteceu o interrogatório de Ivan. Ele argumentou  que nunca foi inimigo da família da vítima e que “a rixa entre as duas famílias, os Leite e os Cordeiro, é coisa do passado”.


“Hoje, a relação entre 'os Leite' e 'os Cordeiro' é amistosa”, disse Ivan. O réu alegou, ainda, que ficou sabendo da morte da vítima por terceiros no momento em que estava chegando em sua cidade, após uma viagem a Belo Horizonte.


Sobre Pablo, disse que é seu cunhado e tio de seus filhos e que, por isso, tinha uma relação próxima. “Somente por isso”, afirmou.


A defesa de Ivan tenta livrar seu cliente da acusação de assassinato. Os advogados Lúcio Adolfo da Silva e Isac Melquíades batem na tecla de que Ivan não estaria envolvido. Segundo eles, o fato do pai de Ivan, Adélcio Leite, ser apontado como “arquiteto” do crime, isenta Ivan da acusação. Eles tentam fazer com que Ivan seja colocado em liberdade, enquanto durar o julgamento. Hoje, ele está preso no presídio de Teófilo Otoni.