Fachada do edifício Mirafiori com viatura da polícia civil na porta -  (crédito: Leandro Couri/EM/DA Press)

Fachada do edifício Mirafiori com viatura da polícia civil na porta

crédito: Leandro Couri/EM/DA Press

Peritos da Polícia Civil estão no Edifício Mirafiori, na Rua dos Guajajaras, Centro de Belo Horizonte, onde mais de 20 pessoas caíram de um elevador, supostamente por causa da superlotação, na noite dessa quinta-feira (20/6).

 

 

Na manhã de hoje, um carro da Polícia Civil, que chegou por volta das 8h30, parou em frente ao prédio, à espera dos peritos que faziam análise do elevador número 5, o do acidente.

 

No prédio há seis elevadores no total. Apenas o número 5 está interditado para investigação, os outros funcionam normalmente.

 

 

Segundo um vigilante, que não quis se identificar, no momento do acidente estavam alunos do Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac), que pegaram o elevador para ir rumo ao 15º andar. Mas, quando ainda estavam no primeiro andar, o elevador não aguentou o peso e desceu cerca de 1,5 metro.

 

 

Josué Amaro, de 22 anos, formado em economia, disse que escutou "uma galera falando, não sei se eles trabalham aí ou só estavam no prédio, que estão com medo de andar de elevador e que prefeririam descer de escada”.

 

Morador do prédio Josué Amaro

O morador do prédio Josué Amaro, de 22 anos, conta que ouviu relatos que as pessoas estão com medo de andar no elevador

Wellington Barbosa/EM/DA Press

 

Uma mulher que não quis identificar, foi até prédio já sabendo da notícia pelas redes sociais e não se importou de entrar no elevador.

 

“No meu ponto de vista não foi uma falha mecânica, e sim, uma falha humana que lotou o elevador. Isso não ia me impedir de fazer o exame que já estava agendado”, explica.

 

Vista aérea do edifício Mirafiori

Vista aérea do edifício Mirafiori

Leandro Couri/EM/D.A.Press

Um taxista informou que o colega dele estava em frente ao prédio no momento do acidente. Ele mandou um áudio contando que chegaram umas dez ambulâncias, por volta das 19h, para atender às vítimas.

 

“O cabo do elevador rebentou lá e machucou muita gente. Peguei uma passageira que
veio chorando, por um triz ela não desceu no elevador, porque foi bater cartão. Ela disse que muita gente quebrou a perna, braço e machucou muito. Eram bastantes meninos novos”, relata no áudio.

 

Ponto de táxi em frente ao edifício Mirafiori

No ponto de táxi em frente ao edifício Mirafiori, taxistas comentam a enorme quantidade ambulâncias e viaturas na hora do acidente, na noite de última quinta-feira (20)

Leandro Couri/EM/DA Press

 

De acordo com o Corpo de Bombeiros, havia 22 pessoas dentro do elevador, cinco a mais do que a capacidade máxima, de 17 ocupantes. Oito pessoas foram atendidas depois do impacto, quatro alunos tiveram ferimentos leves e foram encaminhados ao Hospital João XXIII. Ninguém machucou gravemente.

 

O Senac informou que 13 alunos estavam no elevador, que tem capacidade para 17 pessoas. No momento do embarque dos alunos, o Senac disse que o equipamento estava vazio, respeitando, assim, o limite permitido. Os demais estudantes que não precisaram de atendimento foram liberados, acompanhados pelos responsáveis. O Senac acionou as famílias e está prestando o acompanhamento necessário.

 

Até às 10h30, os peritos da Polícia civil ainda estavam no local, tirando fotos e fazendo análises do elevador 5, envolvido no acidente. 

Peritos da Polícia Civil no local do acidente

Peritos da Polícia Civil no local do acidente

Leandro Couri/EM/D.A.Press