O visitante pode observar cerejeiras, um lago com carpas, uma cascata, o Portal do Tori e a casinha de chá -  (crédito: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)

O visitante pode observar cerejeiras, um lago com carpas, uma cascata, o Portal do Tori e a casinha de chá

crédito: Edésio Ferreira/EM/D.A Press

Para celebrar a amizade entre o Japão e o Brasil, surge um espaço de contemplação do paisagismo japonês em meio à aglomeração urbana de Belo Horizonte. O Jardim Japonês foi inaugurado em 2008 na celebração do centenário do Acordo de Amizade dos dois países e o Jardim Zoológico de Belo Horizonte foi escolhido como sede. O espaço fica logo na entrada do zoo botânico, situado na Avenida Otacílio Negrão de Lima, 8.000, na região da Pampulha.


Gislaine Oliveira Xavier, educadora ambiental do zoológico, ressalta os detalhes da escolha. “O Japão tem uma cultura que valoriza muito a natureza, e o paisagismo para eles é uma arte muito importante. Então, acredito que foi um casamento perfeito colocar o jardim em um espaço que é zoológico, botânico e aquário, pois nós também temos essa missão com a preservação da natureza.”, explica.


Com 5 mil metros quadrados (m²), o Jardim Japonês foi uma iniciativa conjunta da Associação Mineira de Cultura Nipo-Brasileira e a Prefeitura de Belo Horizonte. Na época, a novidade foi recebida pelos belo-horizontinos com muita curiosidade. Nos primeiros anos de funcionamento, a visitação era tanta que o zoológico tinha que fazer um controle por meio do preenchimento de um formulário. Até 2013, o Jardim Japonês registrou cerca de 50 mil visitas por ano.


O parque era procurado para visitas técnicas guiadas, realização de books fotográficos, gravação de clipes ou apenas um passeio despretensioso. Desde 2013, essas atividades ainda acontecem, mas em uma proporção menor. Além disso, programações especiais fazem parte das atividades do jardim. O espaço abre as portas para concertos e degustações de chá.

 


O jardim foi pensado pelo paisagista japonês Haruho Ieda e projetado pelo arquiteto Guilherme Torres da Cunha Jardim. O espaço foi construído por meio de muitas parcerias, Gislaine Oliveira Xavier, Educadora Ambiental, destacou a doação de 600 toneladas de pedras de minério de ferro de doação vindas da vale mineração para a composição do lago.


INSPIRAÇÃO


Ao longo do percurso de contemplação o visitante pode observar cerejeiras, um lago com carpas, uma cascata, o Portal do Tori e a casinha de chá. Cada elemento tem inspiração na cultura japonesa e um significado especial. Durante as trilhas das visitas guiadas, além do propósito de contemplação, o visitante é apresentado aos significados por trás de cada elemento.


A degustação de chá é um evento importante para os japoneses. A primeira cerimônia do chá no Jardim Japonês de BH foi realizada em maio de 2009. Após um tempo sem a realização, neste ano os eventos estão de volta e quem conduz a atividade é Paula Braga Batista, a única em Belo Horizonte que pode organizar a degustação.


O evento acontece uma vez por mês e agora em junho será no dia 29, às 10h. Já as outras datas deste ano são: 20/7, às 15h; 24/8, às 10h; 21/9, às 15h; 26/10 às 10h e 9/11 às 15h.


Em seus anos de ouro, o jardim recebeu a visita do príncipe herdeiro japonês, Naruhito, hoje atual imperador do Japão. O espaço também chegou a ganhar várias edições do prêmio Cidade Jardins. Em 2012 e 2013, até a Ópera Madame Butterfly chegou a se apresentar no local.


O espaço é aberto para visitações. Mas quem quiser realizar atividades específicas, como um tour guiado ou realizar um book de fotos, precisa agendar pelo e-mail: eventosparques@pbh.gov.br.


* Estagiária sob supervisão da editora Ellen Cristie

Serviço:

• Jardim Zoológico/Jardim Japonês
• Av Otacílio Negrão de Lima, 8000
• Pampulha
• Portaria 1
• Entrada gratuita