Moradores dizem que lixão na divisa de Minas com Rio pode contaminar águas do estado vizinho -  (crédito: Reprodução)

Moradores dizem que lixão na divisa de Minas com Rio pode contaminar águas do estado vizinho

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Moradores de Pirapetinga, na Zona da Mata mineira, na divisa com o Rio de Janeiro (RJ), temem a decisão tomada pela prefeitura municipal, com o aval do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), de implantar um aterro sanitário na região. Segundo eles, a área é muito próxima de rios que abastecem água até cidades localizadas no estado vizinho. A denúncia foi feita pela Associação de Moradores do Valão da Caçada e Adjacências e pela Associação de Proteção Ambiental de Pirapetinga e Região (Aspira).


O representante da Aspira, Dalmo Lamarca Neto, relata que a ONG milita há mais de oito anos pelo meio ambiente. "Nos últimos anos, temos percebido casos de crimes ambientais na cidade. A gestão atual, inclusive, forçou o fechamento da nossa ONG por vias políticas, justamente porque sempre vamos para questões ambientais."

 

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Dentre as ações danosas ao meio ambiente, de acordo com ele, estão crimes relacionados a licenciamento de empreendimentos de grande porte, como o aterro sanitário. 

 

 

Conforme a denúncia, o local escolhido para a construção do segundo aterro tem, em seu entorno, nascentes do Rio Paraíba, que, segundo Lamarca, abastecem o Sistema Guandu, responsável pelo abastecimento de mais de 10 milhões de pessoas no município do Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense.

 

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A reportagem do Estado de Minas procurou o governo do estado, mas não obteve retorno. Já a prefeitura de Pirapetinga enviou uma nota. Confira abaixo: 

 

"Tramitou entre 2023 e 2024 um processo administrativo de licenciamento ambiental no órgão ambiental municipal cuja atividade se referia à instalação de um aterro sanitário em uma área rural do município. Enquanto ocorria a análise documental, houve uma repercussão negativa dos proprietários de terras
do entorno, manifestada por meio da Associação de Moradores do Valão da Caçada. Entretanto, a análise não pode ser concluída e o processo foi arquivado pela ausência de estudos locacionais e de viabilidade solicitados pelo órgão ambiental municipal."

 

* Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata