A morte do ciclista, artista plástico e funcionário do IBGE Fabrício Bruno da Cruz Almeida, de 38 anos, atropelado por um ônibus no Centro de Belo Horizonte em abril deste ano, alavancou um movimento dos ciclistas da capital.
Na noite desta terça-feira (25/6), o grupo vai fazer a quinta manifestação. A concentração será às 18h30 na Praça Raul Soares, de onde sairá uma passeata de ciclistas em direção ao Edifício Maleta, na Avenida Augusto de Lima. O protesto foi batizado de “Pedalaço Fabrício Presente”.
Uma faixa que se tornou marcante, com os dizeres “Motoristas parem de matar os ciclistas”, é a marca do movimento que reivindica a construção de novas ciclovias em Belo Horizonte e maior respeito aos ciclistas.
Amanhã, às 9h30, haverá um debate sobre esse assunto pela Comissão de Cultura, Esporte e Lazer da Câmara Municipal de Belo Horizonte, com a abertura do ciclomanifesto “Fabrício Presente”.
“Quase três meses se passaram e a justiça por Fabrício não foi realizada. A família, os amigos e a sociedade até o momento não conseguiram ter acesso à conclusão da perícia feita posteriormente após atropelamento e à reconstituição do atropelamento”, diz a irmã de Fabrício, Fabíola Ingrid Cruz de Almeida.
Segundo ela, nenhuma campanha massiva pela educação no trânsito foi realizada pela prefeitura e os motoristas das empresas do transporte coletivo municipal continuam atropelando e matando pedestres e ciclistas.
Fabíola ressalta que o ciclomanifesto pede a construção de 400 quilômetros de ciclovias em BH, prevista no plano diretor da cidade. “Exigimos o retorno das obras da ciclovia da Avenida Afonso Pena”, diz ela.
A manifestação de hoje começa às 18h30, com saída para a pedalada prevista para as 19h30. O trajeto será: Praça Raul Soares, Avenida Olegário Maciel, Rua dos Carijós (passando pela contramão), Rua Guarani (contramão), Rua Tupinambás, Rua Curitiba, Avenida Afonso Pena, Praça Sete, Prefeitura, subindo a Avenida Álvares Cabral, Rua Goiás, Rua da Bahia, chegando ao Edifício Maleta, na Avenida Augusto de Lima.