Na manhã deste Dia Mundial do Meio Ambiente (5/6), a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) anunciou em coletiva uma nova Agenda Verde para o município com o intuito de preservar, melhorar e implantar áreas verdes na cidade. Dentre as principais ações, estão a criação de parques; meta de plantio de 100 mil árvores até o final do ano; implantação de miniflorestas e refúgios climáticos pela cidade, além de um corredor verde na Avenida Antônio Carlos.

 

Durante o evento, o prefeito Fuad Noman (PSD) assinou decretos que criam novas áreas verdes protegidas na cidade, já anunciando a criação de dois parques no Jardim América e na Mata do Luxemburgo. Também será lançado um concurso para a escolha do projeto para transformar o Aterro da BR-040 em um novo parque.

 



 

“O mundo está mudando e as condições climáticas estão se acelerando. Estamos sendo atacados pela natureza e ela está tomando de volta tudo aquilo que tomamos dela. Por isso, precisamos nos preparar para isso e encontrar maneiras de conviver com a natureza em sua forma mais pura”, disse Noman na ocasião.

 

Além dos decretos, uma das ações que integram a agenda está a implantação do Parque Ciliar do Onça – que pretende ser um dos maiores do país – com uma extensão de 7 km, criado dentro do conceito de “cidade esponja”, que tenta imitar a maneira como a natureza absorve, armazena e libera a água em espaços urbanos.

 

 

Outro anúncio foi a implantação de um corredor verde na Avenida Antônio Carlos. O projeto propõe o plantio de mil árvores ao longo do trecho de 8km que vai do Bairro da Lagoinha e se estende até a Barragem da Pampulha.

 

A agenda também prevê a criação do Arvorômetro, uma ferramenta que possibilitará ao cidadão consultar o andamento dos plantios de árvores na cidade. Entre 2021 e 2023, a PBH plantou 74 mil árvores nas nove regionais da cidade e a meta é chegar a 100 mil até o final de 2024. O objetivo é chegar a 1 milhão de árvores plantadas até 2050 a partir do Plano Municipal de Arborização Urbana (PMAU).

 

 

Atendendo a uma demanda que surgiu principalmente por conta das ondas de calor, Belo Horizonte também receberá miniflorestas e dez refúgios climáticos, que são espaços públicos com mais vegetação e água para resfriamento térmico e contribuir para o microclima do local. O primeiro deles já foi instalado na Rua Carijós, no Centro, e será inaugurado em breve, enquanto outros quatro já estão no planejamento para serem implantados até o final do ano.

 

O Projeto Poliniza BH também recebeu o terceiro meliponário, localizado no Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG, no Bairro Santa Inês. Trata-se de uma instalação dedicada à criação e manutenção de abelhas sem ferrão, mantendo espécies nativas brasileiras, responsáveis pela maior parte da polinização na flora belo-horizontina.

 

Houve, também, parceria com órgãos públicos. Um novo projeto de lei tratando das emergências climáticas será encaminhado para a Câmara Municipal e houve a assinatura, com o Corpo de Bombeiros, de um Protocolo Integrado de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais nos 80 parques municipais.

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