A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) lança oficialmente, nesta quarta-feira (5/6), na plataforma on-line Microsoft Power BI, dados sobre pessoas desaparecidas e localizadas em todo o estado. Para os interessados, os materiais disponibilizados para consulta pública podem ser acessados por pessoas que tenham acesso à Internet.


A PCMG destaca que, por meio desse serviço, é possível analisar de forma detalhada o cenário referente ao desaparecimento de pessoas desde 2019 em Minas Gerais. Segundo o diretor de Estatística e Análise Criminal da Superintendência de Informações e Inteligência Policial (SIIP/PCMG), delegado Diego Fabiano Alves, os dados sobre o quantitativo, bem como o perfil das pessoas desaparecidas e localizadas, foram extraídos da Base Integrada de Segurança Pública (Bisp), onde constam dados obtidos do sistema do Registro de Evento de Defesa Social (Reds). “Isso ressalta o quão é relevante o preenchimento correto e detalhado do Reds”, avalia.

 

 


 

De acordo com a chefe da Divisão Especializada de Referência da Pessoa Desaparecida (DRPD), delegada Ingrid Estevam, a ferramenta contribuirá substancialmente para que o cenário sobre o desaparecimento de pessoas em Minas Gerais seja ainda melhor compreendido.

 

 

“Para que haja a otimização de políticas públicas voltadas ao trabalho de localização de pessoas, é fundamental termos o ‘mapa’ do desaparecimento no estado. Sabermos o número de desaparecidos e localizados, conhecermos o perfil de desaparecidos, além de tantos outros dados relevantes, é, certamente, um grande avanço da PCMG na matéria de desaparecimento”, destaca Ingrid.

 

 

Desaparecimentos em Minas

De acordo com os dados da plataforma on-line da PCMG, atualmente existem 21.899 pessoas desaparecidas no estado. A maioria são homens, sendo 66%, e mulheres, com 33% dos desaparecidos. Em 2024, até o momento, o número de desaparecidos chega  a 1.047 pessoas, que totaliza seis desaparecimentos por dia. 

 

Segundo o site, o perfil principal dos desaparecimentos tem relação com uso de bebidas alcoólicas, substância tóxicas, depressão, uso de medicamento controlado, conflito familiar, dívida financeira, entre outros. A faixa etária com mais desaparecidos são entre 31 a 40 anos, seguido de 12 a 17 anos e 41 a 50 anos.  

 

Os três munícipios com maiores taxas de desaparecimentos por 100 mil habitantes são Belo Horizonte, Contagem e Vespasiano. As menores são Unaí, Montes Claros e Teófilo Otoni. Desde 2019, a capital mineira já registrou 6.549 pessoas desaparecidas.

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