O corpo do empresário Antônio Augusto de Castro, que morreu na queda de um avião no norte de Santa Catarina, será velado e sepultado em Governador Valadares (sua terra natal), no Vale do Rio Doce, nesta quarta-feira (5/6). Já o piloto Geraldo Cláudio de Assis Lima, também morto no acidente, será velado e sepultado amanhã (6/6), em Belo Horizonte.
Na tarde da última segunda-feira (3/6), o avião, um bimotor modelo Beech Aircraft Baron 95-B55, decolou no aeroporto de Governador Valadares, levando a bordo o piloto e o empresário com destino a Florianópolis. Pouco depois, a aeronave foi dada como desaparecida.
Os destroços do avião foram localizados um dia depois em uma área de mata e de difícil acesso em Itapoá, no norte catarinense. As mortes dos seus dois ocupantes foram confirmadas pelo Corpo de Bombeiros de Santa Catarina.
Os corpos do empresário e do piloto foram liberados pelo IML de Joinvile na noite de terça-feira (4/6). As famílias das vítimas providenciaram o traslado dos corpos.
O início do velório de Antônio Augusto de Castro está marcado para ás 14 horas na Capela de Velório Santo Antônio, no Centro de Governador Valadares. O sepultamento está previsto para as 17 horas no Cemitério Santo Antônio, conforme divulgou a família do empresário.
Engenheiro civil, Antônio Augusto era dono de uma empresa do setor de construção civil, sendo conhecido em Governador Valadares como “Guto”. Ele chegou a atuar como diretor na Construtora Odebrecht, onde trabalhou por muitos anos e deixou a empresa para montar o próprio negócio.
Conforme declarações de um irmão de Antônio, a aeronave envolvida no acidente tinha sido adquirida por ele há menos de um mês. Mas, nos registros da Anac, o avião ainda se encontrava em nome da sua antiga proprietária, uma empresa também do setor de construção civil, com sede na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, ligada a uma grande empreiteira, cuja família tem origem em Montes Claros, no Norte de Minas.
Investigação das causas do acidente
Nesta quarta-feira, investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) devem chegar à região de São Francisco do Sul (SC) para averiguar as causas do acidente com o avião, que tinha capacidade para seis pessoas, incluindo o piloto.
Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave não pode realizar serviço de táxi aéreo e estava com a situação de aeronavegabilidade regular.
De acordo com o Cenipa, “a conclusão da investigação sobre as causas do acidente “terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade da ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes.
“Na Ação Inicial são utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e a confirmação de dados, a preservação dos elementos, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias à investigação”, detalhou o Cenipa.