Um homem, de 47 anos, que resistiu à prisão pela PM morreu com quatro tiros disparados por policiais. O caso ocorreu em Nova Contagem, na Região Metropolitana e provocou a ida da Corregedoria ao local da ocorrência.

 

A PM foi à Rua VL-26, 410 atender à denúncia de uma mulher, cuja irmã, de 42 anos, era mantida em cárcere privado pelo marido. Na residência, ao tentar deter o homem, armado com uma faca, policiais dispararam quando ele tentou atacá-los, informa o Boletim de Ocorrência.

 

A esposa do suspeito de submeter a mulher ao cárcere privado contou à PM que o marido também estuprava a própria filha, hoje com 20 anos, desde que ela tinha 11.




 

O que aconteceu

 

Uma viatura foi enviada até o local e assim que bateram na porta, a mulher atendeu. Ela contou que o marido estava no quarto e que aproveitou que ele não estava presente para atender a porta. A filha também se aproximou correndo.


A mulher permitiu a entrada dos policiais, que foram até a cozinha, onde foram surpreendidos pelo marido, empunhando uma faca e fazendo ameaças. “Vou matar todo mundo”, teria gritado.


Imediatamente, os policiais sacaram suas armas e deram ordem para que ele largasse a faca. Mas, segundo o B.O., o homem investiu contra os policiais, que atiraram. Ele foi atingido quatro vezes.


Os policiais o socorreram, levando o ferido para a UPA Vargem das Flores, onde morreu enquanto era atendido.


História macabra


Segundo a esposa, eles eram casados há 22 anos, mas, desde o namoro, sofria tortura psicológica. Depois de casada, passou a sofrer agressões dele, que a mantinha sob cárcere privado.


Ela contou, ainda, que nas ameaças que o marido fazia, sempre dizia que ia matar a filha. Ela, com medo, cedia aos mandos do homem, que a estuprava. “Não queria manter relações com ele, queria separar, mas ele sempre me ameaçava, dizendo que mataria nossa filha e que só sairia da casa morto. A gente estava domindo em quartos separados e ele, sempre, me mandava mensagens, exigindo que fosse até o quarto dele, para mantermos relações sexuais”.


Há poucos dias, segundo a mulher, a filha contou que o pai a estuprava desde que ela tinha 11 anos, e que sempre a ameaçou para que não contasse a ninguém.


Depois dessa conversa, no último dia 24 de maio, a filha foi até uma delegacia e denunciou o pai. Quatro dias depois, acompanhada da filha, a mulher foi à mesma delegacia e pediu uma medida protetiva, que foi emitida, mas ainda não tinha sido entregue ao homem.


O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios de Contagem.

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