O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), vai se reunir nesta sexta-feira (7/6) para definir os ajustes do calendário escolar. A reunião será às 14h, na Sala de Sessões do prédio da Reitoria. As aulas estão previstas para serem retomadas na próxima segunda-feira (10/6), após 51 dias de paralisação.
De acordo com a reitora da universidade, Sandra Regina Goulart Almeida, serão feitas adequações no calendário vigente para garantir a reposição da carga horária das disciplinas paralisadas durante a greve. “O que faremos são ajustes que possibilitarão que as aulas e as demais atividades acadêmicas da instituição retornem à normalidade”, garantiu.
O Diretório Central Acadêmico da UFMG (DCE-UFMG) informou que, na reunião, vai exigir a flexibilização das normas acadêmicas de graduação, flexibilização de prazos de trancamentos, ampliação dos prazos de editais entre outras medidas para garantir os direitos dos estudantes.
O movimento estudantil também convocou uma assembleia geral dos estudantes na sexta-feira (7/6) para debater os rumos da greve estudantil, que foi deflagrada em 29 de abril. Para os alunos, a greve na UFMG não se trata apenas da recomposição salarial e de planos de carreira dos professores e dos TAEs, mas do corte orçamentário da educação federal.
Fim da paralisação
Em assembleia realizada na manhã dessa quarta(5/6), os professores da UFMG decidiram pelo encerramento da greve após 51 dias de negociações. A paralisação teve início no dia 15 de abril.
Foram computados 201 votos pelo fim da greve, 179 votos para continuidade e 16 abstenções. Em Minas Gerais, pelo menos outras 12 instituições federais seguem em greve, incluindo institutos federais (IFs) e universidades, sem previsão de retorno.
Entre as reivindicações do movimento, estão a reposição de perdas salariais acumuladas durante os governos anteriores, a reestruturação dos planos de carreiras, mais investimentos nas instituições e realização de um concurso para contratação de funcionários. O movimento também pedia reajuste imediato dos auxílios e bolsas de estudantes.
Na assembleia, foi aprovada também a permanência em estado de greve, ou seja, um estado de mobilização permanente em apoio às reivindicações dos sindicatos, mas sem paralisação das atividades acadêmicas.
Trabalhadores técnicos ainda estão em greve
Já a greve dos técnicos administrativos em educação (TAEs), iniciada em 11 de abril, segue sem alterações. Embora a instituição tenha legitimado as paralisações, a UFMG não se manifestou oficialmente.