O crime que ficou conhecido como “Chacina de Unaí” foi tema do Programa Linha Direta, da TV Globo, na noite de quinta-feira (6/6). O caso aconteceu no dia 28 de janeiro de 2004, na zona rural de Unaí, no Noroeste de Minas Gerais, enquanto as vítimas apuravam as denúncias de más condições de trabalho (análogas à escravidão) em lavoura de feijão da região.

 

O Estado de Minas e o Correio Braziliense foram os primeiros veículos de comunicação a noticiarem a chacina, que alcançou repercussão mundial.

 



 

Na manhã de 28 de janeiro de 2004, os auditores fiscais do Ministério do Trabalho Nélson José da Silva, João Batista Soares Lage e Eratóstenes de Almeida Gonçalves, e o motorista Aílton Pereira de Oliveira foram assassinados em uma emboscada em uma estrada região rural de Unaí. Os corpos foram deixados às margens da estrada onde ocorreu o crime.

 

Os fiscais do Ministério do Trabalho investigavam denuncias de más condições de trabalho que eram submetidas as pessoas empregadas em plantações de feijão na região.

 

 

Os irmãos e fazendeiros Antério e Norberto Mânica foram condenados como mandantes do crime. Antério, que é ex-prefeito de Unaí, está preso na cidade do Noroeste mineiro desde setembro de 2023. Ele foi condenado a 89 anos de prisão. Norberto, condenado a 100 anos de prisão, segue foragido.

 

Também foram condenados por participação nos assassinatos: Hugo Alves Pimenta, José Alberto de Castro, Rogério Alan Rocha, Erinaldo Silva e William Gomes de Miranda. Os intermediários foram Hugo Alves Pimenta e José Alberto de Castro, que confessaram o crime.

 

 

Os matadores foram Rogério Alan (que pegou 94 anos de detenção); Erinaldo Silva (76 anos); e William Gomes (condenado 56 anos de cadeia).

 

Por causa da chacina de Unaí, o Ministério do Trabalho estabeleceu 28 de janeiro como Dia do Auditor Fiscal do Trabalho e Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo.

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