Falou em feira é imediata a identificação do belo-horizontino e do mineiro com este espaço de convivência, negócio, diversão e cultura. Por isso, um salve para a segunda edição da Feira do Mercado do Santa Tereza, um presente para o público visitar entre hoje (08/06) e amanhã (09/06), com a presença de mais de 100 expositores nos mais diferentes segmentos.

 



 

Roupas, bijuterias, comidas típicas, bebidas artesanais, atrações culturais, enfim, é o programa certo neste fim de semana na capital. Ainda mais pela importância do resgate deste espaço e evento, que marca a retomada das atividades no Mercado Distrital de Santa Tereza, inaugurado em 1974 e fechado depois de 30 anos de atividades, em 2007. É um renascimento, festejado por Maria Cleide da Silva, que até o fechamento da estrutura, participava da feira desde 2018, com a sua marca Lumias Pedras & Acessórios, com criações de pedras naturais como granada, rubi, turmalina , esmeralda e topázio. 

 

 

Maria Cleide da Silva venda peças que são verdadeiras joias, criadas a partir de pedras como turmalina, granada, esmeralda, topázio e muito mais

Jair Amaral/EM/D.A Press

 

"O carro-chefe entre as peças é o brinco de topázio imperial, além do pingente e da própria pedra. Tem muita saída também os colares com acabamento em parto, são verdadeiras jóias", destaca Maria Cleide que, sem a feira, contava apenas com o Instragram para manter sua renda. Cabeleireira, completa a renda com atendimento agendado na sua casa.

 

 

"Moro em Santa Tereza, fui criado com o mercado e foi muito triste vê-lo fechado. Agora, é só alegria. Ele é muito importante, não só para nós, mas para a cidade. Espaço lindo, grande, ambiente agradável com árvores, a feira gera emprego e o chamo do quintal da minha casa, mas é de todos", ceblebra Maria Cleide.

 

 

Vendedor de semijoias e papai noel

 

Já o casal de aposentados, Marco Antônio de Assis e Dimeia Patrícia Veloso Aguiar de Assis, ele ex-contador e ela ex-servidora pública, há oitos anos mergulhou no mundo das feiras como forma de ocupação e renda extra. E hoje fazem a estreia em Santa Tereza vendendo folheados e semijoias, com uma variedade e peças, entre brincos, anéis, colarese cordões.

 

 

 

 

 

"É nossa primeira vez e estamos encantamos, tudo maravilhoso. Satisfeitos e esperamos que todos tenham sucesso com esta retomada, muto importante. E que a feira nunca mais feche. Gera emprego, renda, movimenta o comércio e só tem coisa boa", enfatiza Marco Anônio.

 

 

Marco Antônio Assis e a mulher, Dimeia Patrícia Assis, trabalham com semijoias e participam da feira pela primeira vez

Jair Amaral/EM/D.A Press

 

Marco Antônio, aliás, revela que não é só aposentado e feirante, ele tem outra identidade: secreta! "Cheguei direto do Polo Norte para Santa Tereza, é que no fim do ano também sou Papai Noel".

 

Caipirinha com espuma de limão: é a inovação nos drinks

 

Se tem feira, comida e bebida, o mineiro espera encontrar o drink que tem a identidade de Minas e do Brasil. Missão para Breno Félix, da Drinkeria Louge Bar, com sua barraca Félix Drinks: "A caipirinha tradicional é a campeão de venda, não pode faltar", conta animado, ele que está em sua quarta participação na feira. E aguardava ansioso a retomada.

 

Mas Breno destaca que mineiro também gosta de novidade, então, tem saído bastante a versão da caipirinha com espuma de limão siciliano: "Temos de inovar para conquistar cada vez mais a clientela", afirma.

 

 

 

Na barraca do Breno Félix, os drinks fazem sucesso e a caipirnha é a campeã de venda

Jair Amaral/EM/D.A Press

 

E para quem, neste clima mais friozinho, de queda de temperatura, Breno recomenda a dose do drink 
Johnnie Walker Blonde, que leva além do destilado, suco de abacaxi, limão siciliano e espuma tropical de maracujá.

 

"A feira está magnífica, bem divulgada, as pessoas participando, dando ainda mais dinamismo ao bairro que é boêmio. Atraindo pessoas tanto da região como de toda a cidade. Estou empolgado que será um evento para o calendário fixo em BH", acredita Breno.

 

Não pode faltar tropeiro

 

Feira em Minas tem de ter tropeiro, churrasco, comida de boteco para mostar sua autenticiade. E em Santa Tereza não seria diferente. As barracas de Vinícius Barbosa, a Churrasco na Chapa, e a do seu filho, Henrique Barbosa, a Ki-Gostoso, acertaram no cardápio.

 

Vinícius Barbosa e o filho Henrique Barbosa apostram na autêntica comida mineira para celebrar a retomada da Feira do Mercado do Santa Tereza : tropeiro não pode faltar

Jair Amaral/EM/D.A Press

 

"Eu vendo churrasco e fígado com jiló e cebola. E, meu filho, churrasco e comida de boteco, como torresmo, linguiça, mandioca, tilápia com fritas, filé com fritas. Antes, trabalhava na feira para terceiros, em barracas de churrasco. Agora, estreio com barraca própria e estou botando fé. A Feira de Santa Tereza é importante, ajuda demais, dá oportunidade e, confesso, que pensei que não voltaria. Então, é uma alegria e de Deus quiser vai permanecer por anos", comemora Vinícius.

 

Vale registar que a reabertura da Feira do Mercado do Santa Tereza marca sua entrada para o Circuito Mercados de Origem, que abrange outros quatro empreendimentos nos bairros Cruzeiro, Padre Eustáquio, São Paulo e Olhos D'Água.

 

E amanhã, domingo (09/06) tem mais.

 

Serviço

  • Evento: Feira do Mercado do Santa Tereza
  • Data: 8 e 9 de junho
  • Local: Rua São Gotardo, n°273, Bairro Santa Tereza
  • Horário: 9h às 18h
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