Em menos dois meses, mais de 7 mil veículos de carga que circularam pela rodovia BR-365 entre Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e a divisa com Goiás estavam com excesso de carga. Esta foi a quantidade de flagrantes registrada pela balança de pesagem sem paradas instalada pela concessionária que administra o trecho.

 

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Na última semana, a balança que fiscaliza o peso de veículos na velocidade da via passou por testes do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e do Instituto de Metrologia e Qualidade do Estado de Minas Gerais (IPEM), como parte do processo de homologação do equipamento, o que também finalizou a etapa da avaliação.


O equipamento fica no KM 640 da BR-365 e usa a tecnologia conhecida como HS-WIM (High Speed Weight in Motion). Ele faz a medição de veículos comerciais de forma automática, com uso de sensores instalados nas pistas e câmeras inteligentes posicionadas em pórticos.

 




Em um período de 50 dias, correspondentes à primeira e segunda fases de testes, mais de 7,7 mil caminhões e ônibus foram detectados com sobrecarga, uma média de seis veículos por hora. “É um número que nos chama atenção porque o excesso de peso coloca em risco não só a vida do motorista do veículo de carga, mas também a de outros usuários da rodovia. É um problema que está diretamente relacionado a uma maior probabilidade de acidentes, como tombamentos, saída de pista e colisões por falha mecânica”, disse o gerente de operações da concessionária EcoVias do Cerrado, Bruno Araújo Silva.


Veículos com sobrecarga também aumentam o desgaste do pavimento, contribuindo para a formação de buracos e ondulações. Os caminhões e ônibus detectados com excesso de peso pelo HS-WIM, por exemplo, transportaram no período 18 mil toneladas a mais do que o permitido.


A concessionária espera melhorar a quantidade de veículos fiscalizados, descobrindo mais cargas com excesso pela BR-365. “Tivemos uma média de 2,1 mil veículos pesados por dia no HS-WIM. Para se ter uma ideia, esse número supera, e muito, o que uma balança tradicional consegue pesar ao longo de um mês inteiro de operação. Estamos falando de um sistema automático e mais ágil, que tem a capacidade de pesar quase a totalidade dos caminhões e ônibus que trafegam no trecho e, o que é melhor, beneficiando também o motorista, que não atrasa sua viagem”, explicou o diretor-superintendente, Matheus Fernandes


A concessionária ainda mantém uma balança do tipo no KM 110 da BR-364, em Cachoeira Alta (GO), outro trecho sob concessão.

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