A Feira Hippie de Belo Horizonte foi pauta de audiência da Câmara Municipal nesta quarta-feira (19/6) para discutir melhorias na Feira de Artes e Artesanato da Afonso Pena, programa típico do domingo belo-horizontino. A principal demanda se volta para a extensão do horário de encerramento da feira, de 14h para 15h da tarde, além de multas, preposto, licenciamentos, segurança e limpeza. 

 




Autor do requerimento para realização da audiência pública, o vereador Irlan Melo (Republicanos) cobrou da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) a presença de um representante e destacou que a audiência pública foi agendada há mais de 15 dias. Questionada pela reportagem, a prefeitura respondeu que “é importante ressaltar que a comissão paritária eleita pelos próprios feirantes se reúne com os representantes da Secretaria para tratar de todos os assuntos da Feira”.


O vereador afirmou que irá encaminhar a ata da audiência para a PBH, solicitando informações sobre os pontos colhidos e que planeja outra audiência pública, convocando a prefeitura.

 

 

Wagner Lopes, feirante, levantou a discussão sobre as multas acima de um salário mínimo e, ainda, o horário de encerramento da feira, criticando a atuação dos fiscais. “Esse horário não condiz com a nossa realidade. O fiscal sempre chega, na grosseria, dizendo: ‘Quer ser multado ou vai tirar a barraca?’. A gente tem que juntar tudo e muita coisa tem que ser jogada fora (no caso das barracas voltadas à alimentação), um prejuízo grande.” Ele reitera que essa hora a mais que está sendo solicitada é para que eles possam desmontar as barracas e guardar as mercadorias com tranquilidade, sem transtorno para ninguém.


Cleusa Araujo, integrante da comissão paritária, afirmou que a feira vive um momento favorável e que a atenção da Câmara se soma ao diálogo com a prefeitura. Luciene Edna, outra feirante, avalia como extremamente necessário que todos sejam ouvidos, “independentemente se existem grupos satisfeitos ou não”. 


 

A prefeitura de Belo Horizonte respondeu, também, que "as multas se referem à comercialização de produtos industrializados sem comprovação sequer de origem, incompatíveis com o objetivo da Feira, que deve continuar a incentivar a produção e comercialização de produtos produzidos pelos artesãos" e "que as equipes de fiscalização atuam no local para que o estabelecido na legislação seja cumprido", mas não se manifestou em relação à ampliação do horário da feira.

 

 

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