Segue foragido o policial penal William Lopes, de 43 anos, suspeito de assassinar, a tiros, numa loja de caça-níqueis, no Bairro Copacabana, na Região Norte de Belo Horizonte, no fim da tarde de sexta-feira (28/6), David Alexandre Moreira, de 23 anos.
Segundo informações das polícias Civil e Militar, a motivação para o crime foi o fato da vítima ter chamado a mulher e a filha do agressor, de “barangas”. Por esse motivo, ele teria se vingado do homem que as ofendeu.
Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o policial penal e a vítima discutem. Uma mulher, ex-namorada da vítima, é considerada testemunha chave para o crime. Em depoimento, ela relatou que o jovem teria dado em cima de uma amiga, desde que ela terminou um namoro.
A vítima, segundo a testemunha, ficava enviando mensagens, pelo celular, para a filha da ex-namorada do policial penal. A amiga passou a rechaçar as mensagens e foi chamada de “baranga”. A mãe dessa, entrou na história e também foi chamada, pelo mesmo adjetivo e a vítima mandou ela “fazer uma janta”.
A história foi repassada ao policial penal, que é pai da amiga da ex e esposo da mãe dela, e não gostou da história e resolveu tirar satisfação, indo até a loja de caça-níqueis, onde David trabalhava. Imagens de uma câmera de segurança mostram os dois discutindo, e o policial penal com uma arma na mão, ameaçando David.
O corpo de David foi sepultado no domingo, no Cemitério Belo Vale e lá, uma revolta da família. O padrasto da vítima, Thiago da Silva, era um dos mais revoltados. “Despreparado para ser um agente penal e para ser um pai. Se ele fez isso pela filha, qual vai ser o ensinamento para ela? Está ensinando o quê? Que tudo se resolve na bala?”
Ele pede justiça. “A gente espera que a polícia investigue. Por ser agente penal, que seja punido também por ser da lei e praticar algo contra a lei. Ele destruiu uma família. Ele não matou uma pessoa, ele destruiu uma família inteira”.