Polícia Federal cumpre nove mandados de prisão preventiva e 80 mandados de busca e apreensão em Minas Gerais e em outros seis estados -  (crédito: PF/Divulgação)

Polícia Federal cumpre nove mandados de prisão preventiva e 80 mandados de busca e apreensão em Minas Gerais e em outros seis estados

crédito: PF/Divulgação

Uma organização criminosa atuante no tráfico internacional de drogas é alvo de uma operação da Polícia Federal na manhã desta terça-feira (2/7). Nove mandados de prisão preventiva e 80 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Minas Gerais e em outros seis estados do Brasil.


O grupo é suspeito de lavagem de dinheiro e falsidade material e ideológica. Cerca de 280 policiais estão empenhados nos cumprimentos dos mandados, além de outras medidas cautelares, como sequestro de bens e bloqueio de contas em Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Bahia e Goiás.

 


As investigações revelaram uma complexa engrenagem montada pelo grupo criminoso e a grande quantidade de indivíduos interconectados, alguns deles com envolvimento com conhecida facção criminosa.


“Um narcotraficante internacional e pessoas físicas e jurídicas a ele associadas faziam parte de uma rede que cometia diversos delitos, visando principalmente ocultar e dissimular o patrimônio proveniente da prática de inúmeros crimes, dentre os quais o tráfico internacional de drogas”, informou a Polícia Federal. 

 

 

Além disso, o suspeito já foi investigado em outras ocasiões pela PF e há suspeitas de que o investigado enviava cocaína para as Américas do Sul e Central e para violentos cartéis mexicanos.


As investigações apontaram que os envolvidos criavam empresas de fachada, sem vínculo de empregados no sistema CAGED, e adquiriam por meio dessas empresas imóveis e veículos de luxo para terceiros, assim como movimentavam grande quantia de valores, incompatíveis com seu capital social. 

 


Os sócios das empresas geralmente não tinham vínculos empregatícios há anos, alguns até receberam auxílio emergencial.


“A PF também constatou que algumas das pessoas jurídicas efetuavam transações com empresas no ramo de criptomoedas e de atividades que não tinham relação com o ramo de negócio, o que leva a crer que os investimentos estivessem sendo usados para mascarar a origem ilícita dos valores”.


A polícia ainda estima que o montante dos valores ilegalmente movimentados pela organização criminosa atinge mais de R$ 5 bilhões em pouco mais de 5 anos.