Associar as condições da água às atividades aptas a serem realizadas é uma forma de mensurar e ilustrar sua qualidade. Práticas como nadar e navegar são proibidas
 -  (crédito: Leandro Couri/EM/D.A.Press)

Associar as condições da água às atividades aptas a serem realizadas é uma forma de mensurar e ilustrar sua qualidade. Práticas como nadar e navegar são proibidas

crédito: Leandro Couri/EM/D.A.Press

A água da Lagoa da Pampulha tem qualidade que permitiria a navegação e prática de esportes náuticos, de acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). As condições foram observadas em análise técnica realizada com amostras coletadas no dia 3 de junho e referente aos meses de março a maio deste ano.


Associar as condições da água a essas atividades é uma forma de mensurar e ilustrar a qualidade. Práticas como nadar, pescar e navegar na Lagoa da Pampulha são proibidas desde 1968 e foram reforçadas e atualizadas recentemente em projeto de lei aprovado pela Câmara Municipal de BH.

 


De acordo com o Executivo municipal, os 27 parâmetros analisados pelo Laboratório Limnos Hidrobiologia e Limnologia na coleta apresentaram bons resultados, especialmente quanto aos indicadores de elementos patogênicos (que transmitem doenças), cuja presença na lagoa representa menos de 10% do limite total, que corresponde a até 2,5 mil NPM/100 ml. Além disso, todos os indicadores estão abaixo do limite da Classe 3, o que atende à resolução 357/2005 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). 


No entanto, a PBH ressalta que a qualidade da água da lagoa está sujeita a variações, pois trata-se de um lago urbano, que sempre será afetado por fontes poluidoras, como lançamento de efluentes domésticos e/ou industriais clandestinos.

 

“Vale lembrar que estamos em um momento de seca, que é desfavorável porque aumenta a concentração de poluentes na água, em razão da escassez de chuva. Mas ainda assim os índices encontrados foram positivos”, diz o secretário municipal de obras e infraestrutura (SMOBI), Leandro Pereira.

 

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Para o Executivo municipal, “o grande diferencial alcançado é que hoje a lagoa está muito mais resiliente, respondendo em curto prazo às agressões provocadas pelo aporte de poluentes que provocam alterações na qualidade de sua água, estando com sua capacidade de autodepuração aumentada em função da ação do tratamento realizado”.


Tratamento da água


A Secretaria de Obras é responsável pelas ações de tratamento da água da Lagoa da Pampulha, executado por meio do uso de biorremediador e de remediador físico-químico. Além disso, a SMOBI realiza diariamente a limpeza do espelho d’água da lagoa. 

 

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