A Justiça proibiu o fechamento do Parque Nacional da Serra do Cipó, que aconteceria a partir deste sábado (6/7). A informação foi divulgada nesta sexta-feira (5/7) nas redes sociais da unidade de conservação. Dois dias antes, outra publicação anunciava a interrupção das atividades em decorrência da greve dos servidores do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).
A paralisação começou na segunda-feira (1/7) e inclui servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Cema) e do Plano Especial de cargos do MMA. A categoria reivindica melhores condições de trabalho, novos concursos públicos e reestruturação da carreira.
Agora, a unidade de conservação – embora diga que cumprirá a decisão judicial – enfatiza que as reivindicações da categoria vão prosseguir. “Infelizmente, a estrutura do parque ainda permanece em condições precárias de atendimento ao público e de trabalho”, diz trecho do comunicado.
A Associação Nacional dos Servidores de Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema) informou que o movimento grevista tomou forma depois de oito meses de negociações com o Governo Federal. Segundo a Ascema, a greve é uma resposta ao comunicado formal do Ministério da Gestão e Inovação (MGI) sobre o fim das negociações sem a realização de um acordo com a categoria.
Paralisação
De acordo com a Ascema, servidores federais do meio ambiente de 20 estados e do Distrito Federal iniciaram o movimento grevista na segunda-feira (1º/7). Eles se juntam aos servidores dos estados do Acre, Pará, Paraíba e Rio Grande do Norte, que suspenderam as atividades desde o dia 24 de junho.
Os servidores já haviam sinalizado a possibilidade de greve desde a primeira quinzena de junho, quando o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) encerrou a negociação salarial, conduzida com os servidores ambientais desde o fim de 2023. Na ocasião, a pasta disse que “o governo chegou ao limite máximo, do ponto de vista orçamentário, do que é possível oferecer” aos servidores.
“Atualmente, os servidores ambientais enfrentam um significativo desestímulo devido à discrepância entre as responsabilidades exercidas e a remuneração recebida. Enquanto desempenham funções de regulação, auditoria, gestão de políticas públicas, licenciamento e fiscalização, não são adequadamente compensados por essas atividades, resultando em uma enorme insatisfação interna", informou a Ascema em nota.