O ex-policial civil de Minas Gerais Rodrigo Cesar Costa Barbosa, de 52 anos -  (crédito: Reprodução)

O ex-policial civil de Minas Gerais Rodrigo Cesar Costa Barbosa, de 52 anos

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O ex-policial civil de Minas Gerais Rodrigo Cesar Costa Barbosa, de 52 anos, virou réu por homicídio qualificado depois de ser apontado como único suspeito de assassinar com requintes de crueldade o delegado aposentado e advogado criminalista Hudson Maldonado Gama, de 86 anos, em Sete Lagoas, na Região Central do estado. O corpo, parcialmente carbonizado, foi encontrado na manhã de 22 de maio dentro do imóvel onde ele residia.

 

Na decisão assinada nesta sexta-feira (5/7), a juíza da 3ª Vara Criminal e do Tribunal do Júri da Comarca de Sete Lagoas, Elise Silveira dos Santos, diz que a denúncia do Ministério Público “vem lastreada em indícios capazes de evidenciar a justa causa para a instauração da ação penal em desfavor do denunciado”.

 

 

 

Por fim, a juíza determinou a manutenção da prisão preventiva e a retirada de sigilo do processo. Agora, o réu tem até 10 dias para responder à acusação por escrito. No processo, porém, ainda não consta advogado constituído, o que também inviabiliza a tentativa de contato da reportagem para assegurar direito de resposta. O espaço, porém, segue aberto a manifestações.

 

Relembre o caso

No dia do crime, o ex-policial civil teria entrado na residência do delegado aposentado com uma caixa e um galão com líquido inflamável, enganou a cuidadora que estava na residência e foi até o quarto onde estava a vítima. O policial, que estava debilitado, foi atingido com facadas. Em seguida, o criminoso ateou fogo na residência.

 

 

Investigações preliminares indicam que o ex-policial cometeu o crime por vingança. Na época em que estava na ativa foi descoberto que ele extorquia dinheiro de uma idosa, e o então delegado e advogado defendeu a suposta vítima. Com a atuação de Hudson como criminalista, Barbosa foi denunciado, sentenciado e acabou sendo expulso da corporação. 

 

Hudson Maldonado Filho disse que o pai estava acamado e com limitações de mobilidade, pois havia sofrido dois acidentes vasculares cerebrais (AVC) e, aos 86 anos, convivia com as sequelas e a inapetência.  “Ele aguardou 18 anos para ir atrás do meu pai. Obrigou a família a fazer um enterro com caixão lacrado”, afirmou o delegado ao jornal Correio Braziliense