Amigos acreditam que Marcelo Motta Delvaux morreu ao cair de greta durante escalada ao Nevado Coropuna -  (crédito: Redes Sociais)

Amigos acreditam que Marcelo Motta Delvaux morreu ao cair de greta durante escalada ao Nevado Coropuna

crédito: Redes Sociais

 

Com 6.425 metros de altitude, o Nevado Coropuna, onde o montanhista mineiro Marcelo Motta Delvaux desapareceu no último domingo (30/6), é a quarta montanha mais alta do Peru.


O Nevado Coropuna possui sete cumes, entre o principal e os adjacentes. O nível de dificuldade é intermediário e leva-se, em média, de 3 a 4 dias para escalá-lo após a climatação. A temporada de escalada dessa montanha vai de maio a outubro.


 

Não foi a primeira vez que Marcelo escalou o Coropuna. Ele realizou a primeira tentativa de escalada nessa montanha em 2015. Dois anos depois, retornou e chegou a quatro dos sete cumes, segundo o amigo do montanhista, Pedro Hauck.

 


Marcelo é um dos montanhistas mais experientes em alta montanha do Brasil, com mais de 150 cumes entre os Andes e o Himalaia. Ele começou a escalar em altitude no início dos anos 2000 e faz parte do Clube dos 6 Mil com 24 cumes acima de seis mil metros.

 

O desaparecimento

 

Marcelo estava escalando o Nevado Coropuna, um vulcão localizado na região de Arequipa, quando o GPS dele parou de indicar movimento no último domingo (30/6). O montanhista não enviou mensagem e também não apertou o botão de socorro.

 

Marcelo chegou ao cume da montanha por volta das 15h de domingo e começou a descer 30 minutos depois. Cerca de 100 metros abaixo do cume, o sinal do GPS dele ficou estagnado e não se moveu mais.

 

 

A polícia peruana foi acionada e a família de Marcelo contratou uma equipe para fazer a busca na parte alta da montanha. Na sexta-feira (5/7), a equipe chegou à base do Coropuna e alcançou o acampamento de Delvaux, onde se deparou com a barraca do guia mineiro.

 

No sábado (6/7), a equipe chegou até o ponto indicado pelo GPS de Marcelo. No local, eles encontraram uma greta aberta, os bastões de Marcelo e sinais de que ele caiu no interior desta greta. O buraco é muito profundo, e não foi possível observar Marcelo no interior.

 

Devido à profundidade da greta, os resgatistas acreditam que Marcelo Delvaux não sobreviveu à queda. Isso explica o fato do montanhista não ter solicitado resgate pelo GPS, segundo Andrezza Coutinho, amiga de Marcelo.

 

Quem é Marcelo Delvaux

 

Marcelo Motta Delvaux é montanhista há cerca de 25 anos, tendo escalado mais de 150 montanhas de altitude extrema nos Andes e no Himalaia. Marcelo é guia de montanha profissional formado pela escola de guias EPGAMT de Mendoza na Argentina.

 

Natural de Juiz de Fora, ele vive em Belo Horizonte, mas passava boa parte dos meses do ano escalando e guiando montanhas nos Andes.