Obras praticamente dobram intervalo entre trens no metrô de BH

Os passageiros que utilizam o metrô de Belo Horizonte em horários de pico (das 6h às 8h30 e das 16h30 às 19h), vão precisar esperar quase o dobro do tempo de intervalo dos trens a partir desta sexta-feira (12/7) até o próximo domingo (21/7).

A concessionária que administra o sistema metroviário na capital mineira, a MetroBH, irá iniciar as obras de revitalização da via permanente em um trecho de 300 metros que corresponde à malha da Estação Central. Por isso, os trens que circulam em intervalos de, em média, 7,5 minutos, passam a funcionar de 13 em 13 minutos. 

Os usuários precisarão ainda fazer uma baldeação na estação para seguir a viagem. Os passageiros que vão sentido à Estação Eldorado precisam desembarcar na Estação Central e embarcar no lado contrário, assim como os passageiros que vão rumo à estação Vilarinho. De acordo com a concessionária, os usuários serão orientados no local por agentes, placas e avisos. 

Nos demais períodos durante a semana, não há necessidade de baldeação, pois os trens funcionarão em linha simples, ou seja, a mesma via para ambos os sentidos. Nesse caso, o intervalo é maior e os trens vão circular a cada 18 minutos. Nos próximos dois finais de semana, sábado (13/7); domingo (14/7) e sábado (20/1); domingo (21/7) os trens passam a funcionar com intervalo de 20 minutos.  

O diretor de operações da concessionária, Frank Ferreira, destaca que as medidas foram planejadas para gerar impacto mínimo na rotina do usuário. “Nosso objetivo é a segurança e fazer o possível para que os trens não cheguem juntos na estação central. Os trens vão ser posicionados pelo controle de operações para não causar tumulto nas plataformas”, esclarece. Além disso, o especialista aponta que não há riscos de que os trens colidam. 

Obras de revitalização 

A via permanente corresponde a toda estrutura dos trilhos e será completamente substituída até março de 2027 no projeto de revitalização da malha metroviária da capital mineira. O trecho da estação central faz parte da segunda etapa do plano, que irá reconstruir 3,2 km do trajeto entre Calafate e Santa Tereza, e deve ser concluído até março de 2025.  Dessa forma, após a conclusão do trecho, as obras seguem na via até a Estação Vilarinho, alternando em pontos de 300 metros. 

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Segundo a concessionária, essa é uma das atividades mais complexas programadas para acontecer durante a revitalização do sistema e a escolha da data levou em conta o período de férias escolares, quando a circulação de pessoas no metrô é reduzida.

O gerente de engenharia e manutenção da concessionária, Aloísio Viana, afirma que a obra é necessária porque, com o passar do tempo, o impacto entre as rodas e o trilho acaba gerando desgaste. Além disso, as britas que garantem o nivelamento do solo também reduzem de tamanho, o que interfere na estabilidade do relevo e causa instabilidades no movimento dos vagões. 

“Quem utiliza o nosso sistema sabe que as curvas centrais são acentuadas e o trem 'joga' a pessoa. Agora, tende a melhorar, trazendo conforto e sensação de estabilidade", conta Frank Ferreira. 

A concessionária não informou uma estimativa de durabilidade dessas obras de revitalização. “Depende da quantidade de trens e volume de passageiros”, apontou o gerente de manutenção da Metrô BH, Roberto Fischer. 

Modernização da linha 1 

Além da via permanente, as estações também estão sendo reformadas. Segundo a Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade Parcerias (Seinfra-MG), a primeira estação a receber intervenções foi a Lagoinha, além do Pátio de Manutenção São Gabriel. Além disso, 10 estações serão reformadas até 2025, são elas: Eldorado, Cidade Industrial, Vila Oeste, Gameleira, Calafate, Carlos Prates, Lagoinha, Central, Santa Efigênia e Vilarinho.

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Outras nove serão revitalizadas até 2026, são elas: Santa Tereza, Horto, Santa Inês, José Cândido, Minas Shopping, São Gabriel, Primeiro de Maio, Waldomiro Lobo e Floramar. Em 2026 a nova estação da linha 1, Novo Eldorado, será implantada. 

*Estagiária sob a supervisão do subeditor Fábio Corrêa