Canela-de-ema, planta típica do cerrado e muito presente no sertão de Guimarães Rosa -  (crédito: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Canela-de-ema, planta típica do cerrado e muito presente no sertão de Guimarães Rosa

crédito: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

O Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais (IEF-MG) afirma ter implantado, no período entre 2008 e 2010, um projeto de proteção e revitalização de áreas de preservação permanente com incidência de veredas em sub-bacias do Baixo Rio Paracatu, que apoiou 205 proprietários rurais nos municípios de Paracatu, Brasilândia de Minas, Bonfinópolis de Minas, João Pinheiro, Dom Bosco e Natalândia.

 

De acordo com o instituto, foram 497,89 hectares (ha) de área com cercamento, 302 nascentes, 23 veredas e 49,34 ha de mata ciliar protegidos. Com a participação das comunidades locais, o projeto fomentou atividades de extensão florestal, sensibilizando a população para a importância da conservação dos recursos naturais nas regiões envolvidas.

 

 

O Instituto Estadual de Florestas informa que trabalha com duas linhas de ação como respostas principais para prevenir a pressão sobre a flora ameaçada: o Programa Produzir Sustentável e o incentivo aos municípios para a construção dos Planos Municipais de Conservação e Recuperação do Cerrado.

 

O primeiro tem por objetivo estimular a recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APPs), de reserva legal e de uso restrito, em propriedades que tiveram a vegetação nativa desmatada ilegalmente, propondo bases para uma economia voltada para a restauração ecológica e produtiva em áreas rurais.

 

 

Considerando que os produtores e trabalhadores rurais são os protagonistas do processo de regularização ambiental dos imóveis rurais, o IEF afirma ter iniciado em 2021 articulação conjunta para mobilizar produtores rurais, dando origem ao Programa PRA Produzir Sustentável. O objetivo é promover a regularização ambiental de imóveis rurais em Minas, por meio da conservação e restauração de ecossistemas conciliada com a produção.

 

Sobre os planos municipais, o IEF informa ter lançado em 2023 a iniciativa no cerrado, a exemplo do que ocorre no bioma mata atlântica, para auxiliar municípios a desenvolver políticas e ações de produção sustentável, bem como conservação e recuperação de vegetação nativa, em especial das áreas legalmente protegidas. A iniciativa integra o plano de ação Minas contra o Desmatamento.

 

 

 

A meta é aprimorar o conhecimento da gestão municipal e de produtores locais sobre seu território, com foco no uso sustentável dos recursos naturais, melhorias nas práticas agrícolas e prestação de serviços ambientais nos imóveis rurais, além de fortalecimento de arranjos produtivos locais visando sustentabilidade e redução do desmatamento ilegal.

 

Entre as ações para conservação da biodiversidade, o IEF-MG sustenta ter iniciado recentemente o levantamento de espécies exóticas invasoras, para definir diretrizes e orientações para uso, controle, monitoramento e erradicação de uma das principais ameaças à biodiversidade, principalmente para espécies nativas em risco de extinção.

 

Acompanhe a série

Esta reportagem integra a série “Veredas mortas”, do Estado de Minas, que toma emprestado o título inicialmente pensado por Guimarães Rosa para sua obra-prima, depois batizada “Grande sertão: Veredas”. As reportagens começaram a ser publicadas no domingo (14) e a íntegra dos textos, galerias de fotos e vídeos estão disponíveis em nosso site.