Um homem de 47 anos foi preso temporariamente pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) na última sexta-feira (12/7) suspeito de matar a esposa, de 50, com um tiro na cabeça e tentar simular um suicídio. O caso aconteceu em 2 de abril no Bairro Flamengo, em Ribeirão das Neves, na Grande BH.
Logo depois do ocorrido, em abril, o investigado alegou ter acordado e encontrado a companheira morta, tendo utilizado a arma dele, que é guarda municipal de Belo Horizonte, para tirar a própria vida. O suspeito ainda disse que não percebeu quando a mulher pegou a arma, nem ouviu os disparos, porque havia sido dopado por ela, e acordou por volta das 14h.
Após as investigações, a PCMG descartou a versão apresentada pelo homem, pois contradizia os elementos colhidos. Entre o analisado pelos civis estavam a posição do disparo na cabeça e da arma, e laudos toxicológicos, que não constataram nenhuma droga no organismo do investigado.
O delegado Marcus Rios descreveu: “ocorre que desde o primeiro dia, ainda no calor dos fatos, muitos detalhes chamaram a nossa atenção, porque a história contada pelo esposo da vítima não encontrava amparo na cena. Ele narrou que percebeu que na noite anterior havia ingerido um refrigerante e teria sentido um sabor ruim, se sentiu um pouco tonto, e entendeu que havia sido dopado".
Elementos
Segundo o titular da Delegacia Especializada de Homicídios (DEH) em Ribeirão das Neves, a perícia foi ao local e colheu material para exame residuográfico da vítima (referente ao suposto manuseio da arma de fogo) e o refrigerante que o suspeito teria tomado. O homem ainda foi encaminhado para fazer exame toxicológico.
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De acordo com o delegado, alguns fatos levaram ao descarte da hipótese de autoextermínio. "A vítima era canhota e o disparo foi feito da direita para a esquerda. Exame no refrigerante, positivo [continha medicamento]. Exame de sangue, negativo, então não foi dopado. O exame clínico não comprovou que ele estava com características de estar dopado. Além disso, avaliamos o histórico familiar, marcado por agressões físicas e psicológicas”, detalha.
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Suspeito preso
Diante dos elementos levantados, a PCMG representou ao Judiciário pela prisão temporária do suspeito, efetuada na última sexta-feira (12/7), com acompanhamento da Corregedoria da Guarda Civil Municipal.
Segundo o delegado, o investigado, após a prisão, optou por permanecer em silêncio. O inquérito policial está em fase de conclusão para ser enviado à Justiça.