Em mÃ?©dia, 114 celulares roubados ou furtados por hora no Brasil, sÃ?£o cerca de dois aparelhos a cada minuto. Bahia e Rio de Janeiro puxaram a alta nesse tipo de crime -  (crédito: Freepik)

Em 2023 foram registrados 9.992 boletins de ocorrência de roubo de celular

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Os registros de ocorrências de furto e roubo de celular caíram 5,7% em Minas Gerais. Em 2023, 50.544 registros de subtração de aparelhos foram registrados no estado, contra 53.544 no ano anterior. Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, publicado nesta quinta-feira (18/7) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. 


Em todo o país, apenas em 2023, foram  937.294 ocorrências de roubo e furto de celular registradas em delegacias de todo o país, quase dois celulares subtraídos por minuto. Belo Horizonte é a 22ª cidade com maior incidência do crime, entre as com mais de 100 mil habitantes. No ano passado foram computados 1.089 furtos e roubos. 

 

De acordo com o documento, os roubos de aparelhos celulares caíram 22,8% de 2022 para 2023. No ano passado, foram registrados 9.992 boletins de ocorrência, sendo que no período anterior foram 12.945. O crime consiste na apropriação indébita de um bem mediante emprego de violência ou ameaça, popularmente conhecido como assalto. A pena para este crime varia de 4 a 10 anos de prisão.


 

Já em relação aos furtos, quando o bem é subtraído sem qualquer tipo de agressão, a queda é menor, 0,36%. Conforme o anuário, no ano passado foram 40.552 registros, e no período anterior 40.698. Nesse caso, a pena é menor, de 1 a 4 anos de reclusão. 


Segundo os pesquisadores, como acontece nos demais crimes patrimoniais, o roubo e o furto de celular é um crime de “oportunidade”. Para os especialistas, apesar da queda em alguns estados, o aumento dos registros pode ser explicado pela popularização dos equipamentos e seu elevado valor agregado. 


 

“Se tornou altamente rentável para o mundo do crime focar sua ação na subtração destes dispositivos. O enfrentamento a este delito passa necessariamente pelo aprimoramento da investigação e da cooperação de esforços entre Polícia Civil e Judiciário”, afirmam os especialistas. 


Locais mais visados 


Ainda de acordo com o Anuário de Segurança Pública, os locais mais frequentes citados nos casos de roubos e furtos de celular no país são as vias públicas. No caso do mais violento, ruas e avenidas foram palco de 78% das ocorrências. Já no caso dos furtos, as vias responderam por 44% dos locais registrados, seguidas de estabelecimentos comerciais e de residências, onde ocorreram 14% e 13% das ocorrências respectivamente. 


O documento indica que o grupo mais atingido pelo roubo foi o de jovens de 20 a 29 anos, seguidos de vítimas entre 30 e 39 anos. Os grupos de 15 a 19 anos e de 40 a 49 anos apresentaram taxas de vitimização por roubo de celular muito similares. Quanto aos furtos, a maior taxa se verifica na faixa etária de 20 a 29 anos, seguido das vítimas de 30 a 39 anos e de 40 a 49 anos. 


A população de 50 a 59 anos também apresentou taxa bastante elevada de vitimização de furto de celular, com 240,9 casos por 100 mil pessoas nesse grupo populacional. Ou seja, os dados indicam que pessoas mais jovens, adolescentes e jovens de até 29 anos sofrem mais com roubos do que com furtos de celular, mas a partir dos 40 anos os furtos se tornam prevalentes. 


Como bloquear o celular furtado


Com o objetivo de desburocratizar o processo de bloqueio de aparelhos de celular, a Sejusp criou a Central de Bloqueio de Celulares do Estado de Minas Gerais (Cbloc). O processo deve ser feito após o registro do Boletim de Ocorrência, de forma gratuita, pela internet.

 

Para bloquear o aparelho e proteger dados pessoais como fotos ou caminhos de GPS salvos, a pessoa só precisa do número da linha, e não mais do IMEI – que pode ser encontrado na etiqueta da caixa do celular, no adesivo que fica atrás da bateria, ou digitando *#06# no celular e apertando a tecla “ligar”. O bloqueio impede que quem cometeu o crime possa ativar o aparelho para uso na rede de telefonia móvel.


Além disso, em caso de recuperação por autoridades policiais dos aparelhos roubados ou furtados, será realizado contato com o proprietário. Ele, então, deverá dirigir-se à unidade policial informada a fim de retirar o aparelho celular, mediante preenchimento do Termo de Restituição. A autoridade será a responsável, por meio de sistema próprio, pela realização do pedido de desbloqueio do aparelho via Anatel