Acusado de ter matado a esposa asfixiada em 2006, Rogério Guedes de Araújo foi condenado a 21 anos e seis meses de prisão, sendo 19 anos por homicídio qualificado e dois anos e meio por ocultação de cadáver. O juiz Ricardo Sávio Oliveira expediu imediatamente o mandado de prisão, e o réu deixou o plenário preso nesta quinta-feira (18/7).
A decisão do Tribunal do Júri do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), em Belo Horizonte, ocorre 18 anos após o crime. A vítima foi casada por 11 anos com o homem, com quem teve uma filha, que tinha 7 na época do assassinato.
Relembre o caso
A denúncia oferecida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) sustenta que Rogério praticou o crime por ciúmes da então esposa. O casal vivia um relacionamento conturbado devido a traições do acusado, tendo ficado separado por dois anos depois que a vítima descobriu um desses casos.
Mesmo após terem reatado, Rogério teria ficado incomodado com os relacionamentos que a companheira teve durante a separação. Somado ao desejo de se relacionar com outras mulheres, teria decidido matá-la.
O corpo da vítima foi encontrado em 2 de junho de 2006, dia seguinte ao que teria sido seu assassinato, em um bueiro no KM 294 da BR-040, na cidade de Ouro Preto, na Região Central de Minas. Ela estava quase inteiramente carbonizada, com mãos, pés e pescoços atados por arame. Foi constatado que a causa da morte foi por asfixia.
O acusado negou a autoria do crime ao longo do processo. Em um dos interrogatórios, disse ter visto a esposa pela última vez na manhã do dia 1º de junho e que, à noite, saiu para procurá-la uma vez que estava desaparecida.
- MG é o terceiro estado com mais roubos e furtos de veículos no país
- BH: músico acusa PM de realizar abordagem truculenta ao atender ocorrência
Rogério teve a prisão temporária decretada em setembro de 2010, mas ficou menos de duas semanas preso, respondendo o processo em liberdade desde então.