A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu, nesta terça-feira (23/7), 13 pessoas e cumpriu 27 mandados de busca e apreensão em três estados. A segunda fase da Operação Blot investiga os crimes de lavagem de dinheiro, tráfico interestadual de drogas, roubos, falsificação de documento público, violação de sigilo funcional e formação de organização criminosa. Na primeira fase da operação, em março deste ano, 15 pessoas já haviam sido presas.
Nesta terça, 62 contas de pessoas físicas e jurídicas foram bloqueadas e duas embarcações foram apreendidas - uma delas em Balneário Camboriú (SC) e avaliada em mais de R$ 1 milhão. Durante a operação foram apreendidos mais de 20 automóveis, espelhos de documentos, arma de fogo, bloqueadores de sinais, entre outros objetos de interesse investigativo, assim como o bloqueio de mais de R$ 100 milhões.
Ao que tudo indica, as ações criminosas ocorrem na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Capitólio, no Sul de Minas, Francisco de Sá, no Norte do estado, além de Cuiabá, no Mato Grosso.
Durante as investigações, a PCMG realizou um mapeamento das apreensões de fuzis na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que coincide com os locais de domínio dos integrantes da facção criminosa. Cargas de cocaína, maconha e haxixe foram identificadas e podem estar associadas à organização criminosa.
De acordo com a PC, a organização atuava em âmbito nacional e pessoas auxiliavam o grupo no processo de lavagem de capitais e crimes financeiros. Três suspeitos seguem foragidos em Minas Gerais.
A ação foi coordenada pela 2ª Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp).
*Estagiária sob a supervisão do subeditor Humberto Santos