Ministério Publico de Minas Gerais (MPMG) e a Policia Militar de Minas Gerais (PMMG) prestaram esclarecimentos sobre a prisão de Ronaldo Nobre dos Santos, vulgo Coxinha -  (crédito: Gladyston Rodrigues/EM/D.A. Press)

Ministério Publico de Minas Gerais (MPMG) e a Policia Militar de Minas Gerais (PMMG) prestaram esclarecimentos sobre a prisão de Ronaldo Nobre dos Santos, vulgo Coxinha

crédito: Gladyston Rodrigues/EM/D.A. Press

Em menos de 24 horas, Ronaldo Nobre dos Santos, conhecido como Coxinha, foi incluído na lista do programa “MPMG Busca” e preso pela Polícia Militar (PM) em Belo Horizonte. Ele foi condenado a 22 anos, seis meses e um dia de prisão por estupro, homicídio, dois roubos, dois furtos e uma ameaça. O homem utilizava documentos de um primo, o que se tornou um ponto que confundiu os policiais.

 

Segundo a promotora de Justiça Paloma Coutinho Carballido, integrante do Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais, de Execução Penal, do Tribunal do Júri e da Auditoria Militar (CAOCRIM), em 2018, Ronaldo cumpria pena em uma unidade prisional em Ribeirão das Neves, na Grande BH, quando recebeu o benefício da “saidinha” e não retornou. Desde então, ele usava documentos de um primo.

 

Coxinha foi preso novamente em 2023, mas, como estava portando o documento do primo, a polícia se confundiu e registrou a prisão erroneamente. Dessa forma, para as autoridades, o criminoso seguia foragido, e seu parente havia sido preso.

 

 

Em fevereiro deste ano, Ronaldo recebeu novamente o benefício, dessa vez sob o nome do primo, e também não voltou. De acordo com a promotora, ele teria cometido pelo menos outros quatro estupros durante os quase cinco meses que estava à solta.

 

O primo chegou a ser preso nesse período, mas conseguiu provar, por meio de características físicas e material genético, que era inocente. Somente assim a polícia descobriu que o fugitivo de 2018 e de 2024 eram a mesma pessoa.

 

Denúncia anônima

 

Por meio de uma denúncia anônima, o criminoso foi identificado e preso no Hospital João XXIII na manhã desta terça-feira (23/7) pelas características físicas, em especial pelas tatuagens, uma estrela e um tridente nas costas, que as vítimas sobreviventes relataram para a polícia.

 

 

Ele deu entrada no hospital na última quarta-feira (17/7), sem documentos. De acordo com o Capitão Romeu Junio de Bessa , do 3° Batalhão de Choque PMMG, Ronaldo apresentava várias escoriações e contusões, que, segundo o criminoso, seriam consequência de uma queda de árvore. Sua condição clínica teria impedido que desse detalhes sobre o ocorrido. O oficial considera que a versão apresentada por Coxinha será “difícil de sustentar”.

 

A PM aguarda alta de Ronaldo, o que pode ocorrer ainda nesta terça, para realizar sua transferência a uma unidade prisional. Até lá, segue acompanhado por uma equipe da polícia.