Kildery Silva junto com a mãe -  (crédito: Arquivo pessoal/Reprodução)

Kildery Silva junto com a mãe

crédito: Arquivo pessoal/Reprodução

"A fama do meu filho onde ele passava era de menino trabalhador e sorridente". É o que diz Maurivete Ferreira, mãe de Kildery Silva, de 21 anos, jovem que morreu a facadas após defender duas mulheres de uma importunação sexual em um restaurante na praia de Carcavelos, em Portugal.

 

O jovem foi para Portugal há dois anos tentar uma vida nova juntamente com a irmã Kesilley Cristina. Para Maurivete, o jovem não merecia o que aconteceu com ele. "Era um menino extraordinário. Não gostava de injustiça, não reclamava de nada, não fazia nada de errado e sempre andava com um sorriso no rosto", desabafa.

 

 

 

Ela conta que Kadu, como era apelidado, nasceu em Lagoa Santa, mas passou a vida toda na zona rural de Ataleia (MG), no Vale do Mucuri. "Ele sabia fazer de tudo, desde cozinhar até fazer cerca, roçar, construir. Não corria de serviço nenhum", ressalta.

 

 

Em rede social, a irmã de Kildery, Kesilley Cristina, postou uma mensagem de despedida. "O meu menino volta para sua irmã. Eu prometo que não pego no seu pé mais". Com o auxílio do patrão, o corpo de Kildery será levado para Ataleia, onde será enterrado. Mas, segundo a mãe, ainda não há uma previsão para chegada do corpo. Ela também diz que a filha não continuará em Portugal depois do crime.

 

Entenda o caso

 

Kildery trabalhava como garçom em restaurante, na praia de Carcavelos, em Portugal. No dia 23 de julho, ele foi morto com golpes de faca na região do pescoço no estacionamento do restaurante. Relatos indicam que o crime tenha se motivado após a vítima chamar a atenção de um grupo que estava importunando duas mulheres no interior do restaurante.

 

 

A turma não gostou de ter sido advertida pelo garçom e esperou Kildery terminar o turno de trabalho para matá-lo no estacionamento com uma facada no pescoço. O autor do homicídio se entregou à Polícia Judiciária de Portugal, que investiga o crime.