Crime ocorreu em 2020, próximo a uma estação de metrô em BH -  (crédito: Fórum Lafayette)

Crime ocorreu em 2020, próximo a uma estação de metrô em BH

crédito: Fórum Lafayette

Serão julgados na próxima segunda-feira (29/7) no Fórum Raja Gabáglia, os réus Antônio Carlos Cezario, o ex-vereador Ronaldo Batista de Morais, Tiago Ribeiro de Miranda, Leandro Felix Viçoso, Fernando Saliba Araújo, Deborah Caetano Felix Aragão e Filipe Santos Viçoso, pelo envolvimento no homicídio de Hamilton Dias de Moura, sindicalista e ex-vereador de Funilândia. O caso aconteceu em julho de 2020. Já foram julgados em 2022, o policial Felipe Vicente de Moura e Thiago Viçoso de Castro.

 

Na tarde de 23 de julho de 2020, Hamilton Moura estava em seu carro, na Avenida Amazonas, em frente à estação do metrô da Vila Oeste, quando foi alvejado com 12 disparos de arma de fogo que atingiram a cabeça e o pescoço. O assassinato foi encomendado pelo então vereador de BH, Ronaldo Batista (PSC).

 

Relembre o caso

Hamilton era presidente do sindicato dos Motoristas e Empregados em Empresas de Transporte de Cargas, Logística em Transporte e Diferenciados de Belo Horizonte e Região (Simeclodif). Já Ronaldo comandava a Federação dos Trabalhadores de Transporte Rodoviário de Minas Gerais (Fettrominas) e, até 2018, esteve à frente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Belo Horizonte e Região (STTRBH).

 

 

Moura e Batista chegaram a ser aliados, mas romperam relações em 2010. A vítima então criou um sindicato à parte, que enfraqueceu o STTRBH. Nesse sentido, a arrecadação da instituição foi muito impactada. A vítima também patrocinava ações judiciais contra o rival, que resultaram em bloqueios de bens no valor aproximado de R$ 6 milhões.



Os processos eram movidos por sindicalistas, cujos advogados eram pagos por Hamilton. As ações reivindicavam ressarcimentos e indenizações por supostos desvios de verba e má gestão de recursos do STTRBH.

 

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A última condenação judicial de Batista, que determinou o bloqueio de R$ 500 mil em bens do vereador, data de 9 de julho. O assassinato do parlamentar de Funilândia ocorreu 14 dias depois.

 

De acordo com a denúncia, no dia 23 de julho de 2020, por volta do meio-dia, a vítima foi atraída para a Rua Quilombo, altura do n° 201, bairro Vista Alegre, em Belo Horizonte, sob pretexto de negociar um lote. Quando chegou ao local, foi atingida por disparos de arma de fogo ainda dentro do veículo, que causaram sua morte.

 

O militar Felipe Vicente foi acusado de participar do planejamento do crime, enquanto o outro réu, Thiago Viçoso, sobrinho de outro acusado da fase de planejamento e execução do crime, foi acusado por fraudar provas, além de ter sido encontrado em seu poder as armas de posse ilegal que levaram a sua condenação.