Um líder religioso de 56 anos foi indiciado por crimes de estupro mediante fraude cometidos na cidade de Lagoa Dourada, no Campo das Vertentes, em Minas Gerais, informou a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) em comunicado nesta quarta-feira (31/7).
As vítimas são mulheres que buscaram auxílio do líder religioso em decorrência da dificuldade de engravidar ou por causa de problemas conjugais. O suspeito foi preso preventivamente na última sexta-feira (26/7).
Conforme a PCMG, durante os eventos religiosos, o investigado pedia que as mulheres ingerissem uma espécie de elixir e tirassem as roupas íntimas, vestindo, em seguida, um vestido branco e semitransparente. Nesses rituais, então, as vítimas eram estupradas.
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As investigações tiveram início após as primeiras vítimas denunciarem o suspeito na delegacia da cidade. Na ocasião, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão em uma espécie de templo onde ocorriam os crimes e apreendeu diversos materiais.
No entanto, o comunicado da PCMG não explica a dinâmica dos abusos e não menciona se o elixir colocou as mulheres em vulnerabilidade, facilitando os crimes sexuais.
A Polícia Civil também não disse quando os crimes aconteceram e o número de vítimas que realizaram denúncia. A reportagem apresentou esses questionamentos à instituição policial, mas não houve retorno até o fechamento da publicação.