A polícia ainda não tem pistas do autor ou autores do assassinato de Agnaldo Rodrigues Domiciano, de 43 anos, ocorrido no domingo (31/6), no Bairro Divisa, zona rural de Alpinópolis (MG), na Região do Triângulo. A vítima estava em casa com a família, quando chegou alguém e o chamou para fora de casa. Quando saiu, foi executado a tiros.
A principal testemunha, segundo a Polícia Militar, é a mulher da vítima, que foi quem acionou a PM. Ela contou que estava com o marido, quando alguém o chamou. Ela o ouviu discutindo e em seguida, escutou os tiros.
A mulher correu para saber do que se tratava e viu três homens, dois deles magros, com blusas de frio e toucas. Percebeu que um deles era de cor clara e tinha um bigode louro.
Tão logo a viram, os três partiram para cima da mulher e passaram a espancá-la, exigindo que ela entregasse o dinheiro que tivesse em casa. O filho, de 12 anos, ao sair da casa, também foi agredido. Os bandidos também ameaçaram matar a filha do casal, de 17 anos.
A mulher e os dois filhos foram levados para dentro da casa e ela foi obrigada a abrir um cofre, de onde os criminosos retiraram R$ 13 mil, segundo o boletim de ocorrência. Antes de deixarem a casa, eles vasculharam o quarto do casal e pegaram um revólver calibre 22 e o dinheiro que estava em cima do guarda-roupas, mas ela não soube dizer aos policiais qual a quantia.
Em seguida, os três homens saíram da casa, montaram em duas motocicletas e fugiram em alta velocidade.
Quando a mulher saiu da casa, encontrou o marido caído na rua, ao lado de uma poça de sangue, ainda com vida. Vizinhos o levaram para o Hospital Santa Rita, onde morreu.
Uma testemunha, vizinha do casal, disse ter escutado Agnaldo, a vítima, dizer para um dos homens: “Não acredito que é você”. Isso, segundo os policiais, sugere que a vítima conhecia um de seus executores.
Os policiais trabalham com a hipótese de que Agnaldo tenha tido alguma desavença, recentemente. Uma das irmãs dele disse que, há cerca de quatro anos, a vítima descobriu uma traição, de sua mulher, com um homem chamado Valdene.
Já se sabe que os agressores têm sotaque da região norte do estado. Agnaldo era proprietário de um comércio e tinha a rotina de trocar cheques com descontos para conhecidos.
Os policiais militares conseguiram imagens de duas câmeras de residências próximas ao local do crime. Há imagens da chegada das duas motocicletas à casa e depois, das duas saindo em alta velocidade.