O motorista do Porsche que bateu em um poste e capotou, na Avenida Barão Homem de Melo, no Bairro Estoril, Região Oeste de BH, em dezembro de 2023, virou réu por homicídio qualificado. A denúncia, enviada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), foi aceita pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) em 17 de junho. Rodrigo Rodrigues Andrade Chiatti, de 32 anos, saiu da prisão 20 dias depois do acidente beneficiado por um habeas corpus. Ele está sendo acusado pela morte do amigo, que estava no banco do carona, Cayque Pelegrino Tavares, também de 32 anos.


Segundo o boletim de ocorrência, Rodrigo foi encontrado pelos policiais andando pela avenida. Ele não teria conseguido dar detalhes sobre o acidente e citou que havia pessoas o perseguindo. Ainda conforme o registro, o homem tinha sinais de embriaguez, mas não quis fazer o teste do bafômetro.


Câmeras de segurança de estabelecimentos próximo ao local do sinistro mostram o momento em que o carro colide com o poste. O carro, avaliado em mais de R$ 800 mil, seguia em alta velocidade no sentido Centro, quando o condutor perdeu o controle da direção e capotou. Nas imagens, é possível ver o motor do veículo sendo ejetado. 




 

Depois da batida, o marcador de velocidade estava travado em 250 km/h. O lado direito, onde estava a vítima, ficou totalmente destruído. Cayque foi lançado do carro. Seu corpo foi encontrado a 20 metros de distância. 


Sem habilitação


Durante as investigações, a Polícia Civil de Minas Gerais informou que o empresário dirigia sem habilitação há 12 anos. Na época, o delegado Marcos Pimenta explicou que o motorista entrou com processo de primeira habilitação em 2011 e obteve uma permissão para dirigir, com validade de um ano. Durante esse período, porém, o motorista tomou uma multa gravíssima. Como consequência, não pôde tirar a habilitação definitiva.


Rodrigo foi preso no mesmo dia do acidente. Ele passou por audiência de custódia, feita pela juíza Juliana Pagano, que acatou o pedido da Polícia Civil e converteu a denúncia de homicídio culposo para dolo eventual, ou seja, o motorista assumiu o risco de matar. Na conclusão do inquérito da Polícia Civil, Rodrigo tinha sido indiciado por homicídio culposo, ou seja, quando não há intenção de matar.

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