Fiama da Silva Bento, de 31 anos, que foi vítima de feminicídio na semana passada em Uberaba, no Triângulo Mineiro, enviou mensagem para o amigo antes de ser morta. O destinatário, no entanto, só visualizou o contato quando ela já estava desaparecida.

 

 

O delegado responsável pelas investigações do caso, Cyro Outeiro, declarou que, em depoimento à polícia, o amigo afirmou que Fiama havia dito a ele, via mensagem de texto do WhatsApp, enviada em 22 de junho, que estava trancada no banheiro. "Esse foi o último contato dela, antes de desaparecer (...) o amigo só foi ver a mensagem mais tarde, tentou contato com a vítima, mas ela não foi mais vista", contou o delegado.

 



 

O corpo da vítima, foi encontrado em uma área de vegetação da zona rural de Uberaba, na manhã da última quinta-feira (4/7), por uma equipe do 8º Batalhão de Bombeiros Militar (BBM). Ela estava com vários ferimentos e em avançado estado de decomposição. O suspeito, o marido de Fiama, foi preso e confessou o crime.

 

 

Câmeras de segurança flagraram ele colocando um saco preto, supostamente com o corpo da vítima dentro da caçamba de um caminhão. Já outra câmera flagrou o mesmo caminhão transitando pelo distrito Capelinha do Barreiro, região onde a vítima foi localizada.

 

"As provas são contundentes, tanto materiais como subjetivas, de modo que ele foi o autor do crime", assegurou o delegado.

 

Suposta motivação

 

Na noite anterior ao crime, Fiama estava em um bar com amigos comemorando o novo emprego, ainda segundo informações do delegado responsável pelo caso, Cyro Moreira.

 

 

"O mecânico (marido dela) a viu no bar e não gostou da situação (...) ele ficou inconformado com a situação, nervoso. Até chegou a bater no ombro dela, dizendo ‘em casa nós conversamos’, segundo testemunhas. Ela retornou para casa na manhã seguinte e não foi mais vista", disse o delegado.

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