Para os casais que não conseguem ter filhos, mas ainda têm a expectativa de formar uma família ‘de sangue’, o Hospital do Complexo Hospitalar de Especialidades da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) vem trazendo esperança. Sonhos estão sendo realizados pelo ambulatório de Infertilidade do Hospital Júlia Kubitschek (HJK), um dos maiores hospitais gerais do Estado de Minas Gerais.

 

Inaugurado em 1958, na Região do Barreiro, em Belo Horizonte, a instituição de saúde é uma referência estadual nos tratamentos para viabilizar a gravidez para pacientes de todo o estado. O médico ginecologista e coordenador do ambulatório de Infertilidade Fábio Peixoto analisa o prestígio recebido pelo hospital. “Há muitos anos o HJK trabalha com infertilidade. Ele oferece opções de cirurgia para correção uterina, tratamento masculino e indução de ovulação. Somos referências no estado junto com a Santa Casa e o Hospital das Clínicas, que são os únicos públicos do segmento que oferecem a oportunidade de engravidar”, ressalta.

 

 

De acordo com o médico, tudo começa na identificação das causas da infertilidade, que por meio do resultado dos exames, eles procederão ao tratamento e procedimento mais adequado para melhorar as taxas de gravidez daquele paciente. “Os principais pacientes são as mulheres, mesmo que as taxas de infertilidade sejam iguais para ambos os sexos e a causa mais comum na mulher brasileira seja a alteração nas tubas uterinas, ligada a danos vindos de processos inflamatórios decorrentes de doenças ginecológicas ou infecções”, destaca.



Como explica Fábio Costa, os tubos são fundamentais no processo de reprodução natural, por serem o local onde a fertilização é concretizada. Ele evidencia que as outras duas principais causas da infertilidade são decorrentes dos ovários, nas mulheres e a produção do sêmen, nos homens. O coordenador do ambulatório afirma que os três respondem, juntos, por 75% dos problemas ligados à reprodução humana.

 

Ao todo o hospital realizou, neste ano, 142 atendimentos por infertilidade, o que dá em média 28 casais por mês. O médico relata que são realizados dois a três procedimentos cirúrgicos por semana, mas que na maioria dos casos, apenas com o tratamento medicamentoso se chega ao resultado desejado. Para aqueles que queiram evitar tratamentos, a recomendação principal de Fábio é que as mulheres não adiem muito a maternidade, visto que as chances para uma gestação natural entre mulheres caem bastante após os 35 anos, com a diminuição da produção de óvulos.

 

*Estagiário sob supervisão do subeditor Rafael Oliveira

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