Um projeto que visa reduzir filas de consultas com especialistas no SUS foi anunciado nesta quarta-feira (10/7) durante o Tech Day, uma iniciativa da Secretaria de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), com o apoio do Ministério da Saúde. Nesta etapa, serão contemplados 465 municípios definidos a partir de prioridades sanitárias e indicadores epidemiológicos levantados pela SES-MG. 


O projeto “Incorporação de Teleconsultorias no Fluxo Assistencial do Atendimento Especializado no estado de Minas Gerais” tem como objetivo colocar os profissionais da Atenção Primária à Saúde dos municípios em contato com professores das universidades participantes para discutir casos clínicos em um processo de colaboração. Também será facilitada a integração e o compartilhamento sobre inovações tecnológicas aplicadas à gestão da Saúde Pública em Minas Gerais.




 

Outros estados que aplicam o sistema conseguiram reduzir em até 70% das filas para consultas de especialidades médicas, segundo a literatura científica. No projeto piloto desenvolvido em Betim, a fila de espera para primeira consulta nas especialidades registrou uma diminuição de 81.9%, de 4.389 usuários para 793. Além disso, 1.758 casos foram encaminhados para reavaliação da equipe com apoio das teleconsultorias e mantidos na unidade básica de saúde, e outros 1.838 saíram da fila após revisão administrativa.


 

A implementação se dará em etapas. Na primeira fase, foram priorizadas oito macrorregiões do estado, com foco na área materno-infantil, que será estendido para as outras regiões futuramente. 


Para este momento, está prevista a oferta de 16 especialidades prioritárias: materno-infantil, ginecologia, endocrinologia, geriatria, pneumologia, nefrologia, obstetrícia, cardiologia, dermatologia, ortopedia, mastologia, pediatria, reumatologia, gastroenterologia, urologia e proctologia.


 

A iniciativa é financiada pelo Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Informação e Saúde Digital (SEIDIGI), coordenado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG) e executado pelos Núcleos de Telessaúde do Hospital das Clínicas da UFMG (HC-UFMG/EBSERH), da Faculdade de Medicina da UFMG, e do Pólo da Fundação Educacional Lucas Machado (FELUMA).


“Sempre que formos chamados, atenderemos a sociedade. Ficamos muito felizes em poder apoiar as políticas públicas, em especial o SUS, já que nossos hospitais são 100% públicos. Podemos dizer que a UFMG é 100% SUS”, comemorou a reitora da UFMG, Sandra Goulart Almeida.

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