A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) recebe nesta sexta-feira (12/7), a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, para uma visita ao Centro Nacional de Vacinas, que está em fase de construção. O espaço será o primeiro complexo do Brasil capaz de executar todas as etapas do desenvolvimento de vacinas, desde a pesquisa básica até testes pré-clínicos e clínicos.

 

A estrutura materializa a busca do país pela independência tecnológica em relação à produção de insumos imunológicos, imunógenos (estimulam resposta do sistema imune) e vacinas de uma forma geral.

 

No encontro também serão anunciados desenvolvimentos de vacinas inéditas em todo o mundo que chegam à última etapa: a de testes em humanos. Importante lembrar que até a SpiN-TEC - a primeira vacina 100% brasileira contra a COVID-19 - atingir esse estágio, jamais um imunizante nacional havia chegado aos testes clínicos.  O conhecimento adquirido com a Spin-TEC proporcionou que outras três vacinas, ainda inéditas em todo o planeta, chegassem a etapa de testes em humanos. São imunizantes contra Doença de Chagas, leishmaniose e malária.

 



 

O MCTI investiu R$ 50 milhões para que o centro se torne a “Oxford Brasileira”, em alusão à universidade britânica responsável pelo desenvolvimento da vacina AstraZeneca. O local está sendo erguido no Parque Tecnológico de Belo Horizonte, o BH-TEC, localizado no Bairro Engenho Nogueira, próximo ao campus da UFMG. O projeto também possui o investimento de R$ 30 milhões do Governo de Minas.

 

 

A estrutura do CNVacinas

O espaço terá aproximadamente 6 mil metros quadrados de área construída, sendo divididos em um prédio de cinco pavimentos. A estrutura será em formato de L, com um braço mais longo e outro, mais curto. O mais longo vai contemplar toda a parte científica, de desenvolvimento, considerada o coração do CNVacinas. Nela será feito o estudo, desenvolvimento, teste pré-clínico e teste clínico de imunizantes.

 

 

Outra parte vai abrigar um miniauditório e uma área para receber pacientes: os ambulatórios para viabilizar a realização de testes clínicos importantes.

 

Já o braço curto será uma estrutura de produção de lotes vacinais em condições de boas práticas de fabricação – o chamado BPF. Hoje não existe no Brasil um local onde é possível produzir lotes clínicos.

 

*Estagiária sob a supervisão do subeditor Humberto Santos

 

 


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