O ex-presidente da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, Renato Loures, foi acusado pelo Ministério Público de usar dinheiro da unidade de saúde para pagar multas de trânsito do carro particular dele, além de viagem internacional para a esposa.

 

Ele foi afastado da presidência em junho de 2023 durante a Operação 'No Mercy', que apura desvios de R$ 8 milhões do hospital. Inclusive, Renato se tornou réu neste processo, conforme noticiado de forma exclusiva pelo Estado de Minas.

 



 

Desde o início das apurações, já foram apresentadas três ações criminais e quatro ações de improbidade contra ele, sendo que em uma delas a filha dele, Moema Loures, e o genro, Fábio Gonçalves, também foram acusados por superfaturar serviços de arquitetura, honorários médicos e aluguel do imóvel da escola de enfermagem.

 

 

Multas de trânsito e viagem internacional

 

A mulher do médico também está sendo acusada em uma das ações de improbidade. Segundo o MP, o recurso que deveria ser usado para as atividades da Santa Casa foram desviados para:

 

 

- Pagamento de multas de trânsito de veículos particulares de Renato Loures entre janeiro de 2013 a junho de 2023;

- Reembolsos feitos pela Santa Casa referente a despesas de viagens e passagens aéreas entre 2014 e 2023 feitas pela esposa do médico;

- Pagamentos feitos pela Santa Casa de assento mais conforto, bebidas alcoólicas e frigobar solicitado por Renato, sem qualquer limitação de valor, em viagens realizadas pelo ex-presidente.

O órgão pede que a Justiça aceite a acusação com ressarcimento de cerca de R$ 63 mil, com correção monetária. Como presidente da instituição, Renato Loures responde pelos atos ímprobos por induzir e concorrer dolosamente para a prática do ato de improbidade.

 

A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Renato Loures.

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