Um incêndio de grandes proporções atinge a vegetação da Serra da Moeda, em Itabirito, na Região Central de Minas Gerais, nesta quarta-feira (24/7).

 

 

De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), o Comando de Aviação do Estado (Comave) foi acionado na manhã de hoje para controlar o fogo.

 



 

Segundo informações preliminares, o incêndio começou por volta de 13h de ontem, próximo à BR-040. Hoje, a linha de fogo avançou significativamente, segundo os bombeiros.

 

Incêndio de grandes proporções atinge Serra da Moeda, em Itabirito, na manhã desta quarta-feira (24/7)

CBMMG/Divulgação

 

O incêndio mobilizou 50 profissionais, sendo 15 bombeiros, 29 brigadistas e seis policiais militares. Um caminhão pipa e uma aeronave da Polícia Militar (PM) também atuam no combate às chamas.

 

As equipes terão o apoio de dois aviões Air Tractor para auxiliar no combate ao incêndio no final desta tarde. Um caminhão Jamanta do CBMMG também vai ajudar no abastecimento de água.

 

Período de seca e recorde de incêndios

 

Minas Gerais bateu o recorde de incêndios em vegetação em junho deste ano. De acordo com o Corpo de Bombeiros (CBMMG), foram registrados 3.812 focos de incêndio nesse período, o maior número do ano até agora e o maior do mês se comparado aos cinco últimos anos. O valor representa 32% do total em 2024 (11.850), quase um terço dos registros.

 

 

Segundo o tenente da corporação Leonan Soares, vários fatores contribuem para o aumento de incêndios no período, principalmente os climáticos. Durante a transição entre outono e inverno, o país também enfrentou a transição dos fenômenos El Niño e La Niña, intensificando o período de estiagem típica da época do ano.

 

“Os fenômenos alteram os ciclos de chuva e as massas de ar quente, duas condições que contribuem para a recorrência dos incêndios florestais. Com o tempo mais quente e a falta de chuvas, teremos condições mais favoráveis à ocorrência de incêndios”, disse.

 

 

Neste ano, até o mês de junho, o Sul de Minas foi a região mais afetada, seguida das regiões do Triângulo e Noroeste. Historicamente, os registros se iniciam na Região Sul, e, ao longo do período de estiagem, os focos de incêndio mudam. Nos meses de setembro e outubro, que marcam o final do período seco no Estado, o Norte mineiro é mais afetado do que as outras regiões.

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