A Polícia Civil concluiu o inquérito que apurava a morte de um motorista de aplicativo no Bairro Kennedy, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em abril deste ano. Kemmel Luigi Nunes Caputo, de 36 anos, foi encontrado agonizando no asfalto, na madrugada do dia 21. O suspeito de cometer o crime foi identificado e preso na última sexta-feira (19/7), em Ribeirão das Neves, também na Grande BH. 


O delegado Ítalo Fernandes de Almeida, chefe da subseção de homicídio de Contagem, contou que em um primeiro momento, devido à violência do crime, os policiais consideraram que seria um homicídio premeditado. No entanto, ao longo das investigações foi constatado que o ataque se tratava de um latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte. O suspeito foi indiciado e caso seja condenado, pode cumprir de 20 a 30 anos de prisão.

 




De acordo com as investigações, o suspeito das facadas estaria precisando de dinheiro para pagar garotas de programa. Ele teria tentado conseguir os valores emprestado de familiares e amigos, mas ao receber negativas decidiu roubar um motorista de aplicativo. 


“No dia do crime, ele havia feito contato com garotas de programa, mas não tinha dinheiro para pagar essas meninas. Ele tentou conseguir esse dinheiro com amigos, mandou mensagem solicitando empréstimo, não conseguiu. A partir disso, ele solicitou uma corrida por aplicativo, para o Shopping Contagem em um horário que já estaria fechado”, conta o delegado. 


 

Falta de dinheiro 


O ataque foi gravado por diversas câmeras de segurança de prédios próximos ao local do crime. Em uma das imagens, divulgada pela Polícia Civil, é possível ver o momento que a vítima para o carro e começa a ser atacada pelo homem. 


Na época do crime, a Polícia Militar informou que o ataque aconteceu entre 1h30 e 1h35. A vítima foi atingida com, ao menos, vinte golpes de faca. A maioria dos ferimentos foi no pescoço, mão, braço e antebraço. 


O delegado Ítalo explica que a vítima tinha acabado de começar a trabalhar e, por isso, não tinha dinheiro para entregar ao ladrão. “Naquele dia ela [a vítima] tinha ficado com a filha que estava passando mal. Nós acreditamos que logo quando foi solicitada a corrida o autor pediu o dinheiro e ao receber a negativa ele tomou a decisão de matá-lo e subtrair o veículo.” 


 

O suspeito foi identificado poucos dias depois do crime. Ainda de acordo com o responsável pelas investigações, na época os policiais chegaram a cumprir um mandado de busca e apreensão, onde o celular do suspeito foi recolhido, mas devido à falta de provas não foi possível realizar sua prisão. Desde então, ciente que era alvo do inquérito, o homem fugiu para o Ceará, onde tem família e ficou por um período. Depois de um tempo ele voltou e, em posse do mandado de prisão preventiva, foi preso em sua casa no Bairro Veneza, em Ribeirão das Neves.


 

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