A dentista Camila Groppo, de 26 anos, foi indiciada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), nesta quinta-feira (25/7), pelos crimes de lesão corporal leve e grave, além de uso de documento falso. Ela era investigada por supostos erros em procedimentos estéticos, feitos em sua clínica em BH, que teriam resultado em um surto de bactérias, causando graves infecções em dezenas de pacientes.


De acordo com a PCMG, a investigação apontou lesão corporal leve e grave em 21 vítimas. A corporação informou ainda que o inquérito policial será remetido à Justiça para as providências legais cabíveis. A dentista segue em liberdade, apesar do indiciamento. 


Em 11 de março, a clínica de Camila foi alvo de uma inspeção da Vigilância Sanitária, por suspeitas de surto de microbactéria não tuberculosa de crescimento rápido. O local foi fechado após os fiscais identificarem irregularidades "que colocam em risco a saúde dos pacientes".

 




Reparação e justiça 


Desde dezembro do ano passado, vinte pacientes que fizeram operações de lipoaspiração de papada adquiriram infecção no consultório da dentista. Em março, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte identificaram um surto de microbactéria não tuberculosa de crescimento rápido (MCR) no local.


O Estado de Minas conversou com três pacientes, que sofreram danos graves devido à falta de condições do consultório da dentista Camila Groppo. Além de buscar reparação para os danos causados nas cirurgias, as vítimas têm um desejo em comum: que seja feita justiça.  

 

 

Na época, a defesa da dentista informou, em nota, que não tem nada a manifestar em relação ao mandado de busca e apreensão “haja vista que o procedimento está em sigilo”. O documento destaca que “o ato transcorreu de forma pacífica e ordenada, vez que tudo quanto foi solicitado pelas autoridades foi apresentado sem nenhum embaraço”.

 

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