Uma fazenda em São João del-Rei, na Região Central de Minas, que fazia abate clandestino de bovinos foi fechada após fiscalização da Polícia Militar do Meio Ambiente, na última quarta-feira (25/7). Os animais eram abatidos ao lado do espaço onde as vacas eram ordenhadas - no mesmo local havia uma fábrica de laticínios, onde um lote de queijo já embalado foi recolhido por estar impróprio para consumo humano.


Durante a fiscalização, foi encontrado o corpo de um bovino no processo de esfola, momento em que é retirado o couro. Próximo dali havia partes de um segundo animal - cabeça, patas e vísceras -, que teria sido abatido pouco antes da chegada dos policiais militares.


A fazenda possuía equipamentos utilizados na limpeza e abate de bovinos. Foram encontradas uma talha, aparelho que eleva o animal abatido para que seja realizada a desossa, uma serra sabre, cinco facas próprias para uso em açougue e uma maqueta com vestígios de uso em abate.

 




As partes restantes do segundo bovino abatido foram encontradas na câmara fria de um laticínio localizado na mesma fazenda. Os cortes do animal estavam armazenados juntos a queijos e outros derivados de leite, que já estavam embalados e prontos para a venda.

 


O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) foi acionado e constatou o abate clandestino. As atividades da fazenda estavam em desacordo com a regulação da inspeção e fiscalização sanitária dos produtos de origem animal, além da ausência de licença ambiental. O órgão também confirmou que as carnes e os produtos fabricados no laticínio não estavam em condições para o consumo humano.

 


Os rótulos dos produtos derivados de leite estavam em desconformidade com as normas previstas e foram apreendidos pelo IMA. O órgão tomou as medidas administrativas da ocorrência junto à Polícia de Meio Ambiente, que ficou a cargo, também, das providências criminais.

 

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