Dois irmãos, investigados por armazenamento e compartilhamento de pornografia infantil, tiveram seus celulares e um HD apreendidos pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (25/7). Os mandados de busca e apreensão fazem parte da Operação Niños e foram cumpridos nas residências dos dois suspeitos, em Divinópolis e em Pedra do Indaiá, no Centro-Oeste de Minas.

 

A investigação iniciou com a polícia espanhola, que identificou grupos na internet de compartilhamento de pornografia infantojuvenil contendo brasileiros e pessoas de outras nacionalidades. Foi feito um alerta para as autoridades brasileiras via Interpol. Inicialmente, o chamado chegou à Polícia Federal no estado do Espírito Santo.

 

Segundo o delegado Gustavo Paolinelli, os irmãos, de 30 e 32 anos, são suspeitos de usar o nome de um capixaba para abrir uma conta numa empresa de internet.

 

“No intuito de dissimular a origem da transação, da conta, ele criou um e-mail falso utilizando um nome de uma pessoa verdadeira no Espírito Santo. Ali ele habilitou uma linha. Só que a gente acabou identificando, fez uma localização do IP do computador dele, que não estava no Espírito Santo, na verdade, estava aqui na nossa região”, explica.

 

Ainda segundo o delegado, um dos suspeitos tentou destruir provas assim que os policiais chegaram na sua residência.

 



 

“Encontramos numa das casas um indivíduo que tentou esconder o aparelho celular, chegou a lançar esse aparelho ao solo tentando quebrá-lo. E no outro a gente encontrou um dispositivo dentro do computador que vai ser periciado”, relata.

 

A polícia espanhola identificou que a linha de internet é utilizada pelos irmãos desde 2022 e os vídeos contendo pornografia infantil eram compartilhados com pessoas de vários países.

 

Os irmãos não foram presos, mas outras pessoas que fazem parte do grupo de compartilhamento de arquivos já foram detidas na Espanha.

 

 

 

Os envolvidos poderão responder pelos crimes de compartilhamento e armazenamento de arquivos contendo abuso sexual infantojuvenil, cujas penas somadas podem chegar a até 10 anos de reclusão, sendo a posse crime hediondo e, portanto, inafiançável.

 

As investigações devem continuar por parte das duas polícias para identificar possíveis vítimas e, também, outros grupos de compartilhamento.

 

Com informações de Denise Guerra, TV Alterosa Centro-Oeste

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