Depois de tremores sentidos em Minas Gerais após um terremoto no Chile, a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) anunciou a expansão do monitoramento da atividade sísmica no estado. Novos sismógrafos serão instalados em três cidades da Região Central de Minas Gerais: Itabirito, Itabira e Santana do Riacho, locais com frequentes relatos de tremores de terra.

 

 

O projeto, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade de Brasília (UnB), permitirá a coleta de dados sobre a frequência, magnitude e localização dos tremores para a elaboração de estratégias de mitigação e resposta a desastres. 

 

A Cedec não especificou o número de equipamentos a serem instalados, mas informou que, na última terça-feira (23/7), realizou uma visita técnica junto a pesquisadores das universidades, representantes das defesas civis municipais e das prefeituras para identificar os locais de instalação das novas estações. A instalação será conduzida pelo Observatório Sismológico (Obsis) da UnB, referência no tema.

 



 

Os dados coletados pelos sismógrafos serão analisados por pesquisadores do Laboratório de Geofísica do Instituto de Geociências da UFMG. A expectativa é que os novos aparelhos sejam instalados até o final deste ano e comecem a operar no início de 2025. “Além do monitoramento contínuo, os dados obtidos serão disponibilizados para a comunidade científica e para órgãos de defesa civil de Minas Gerais, fortalecendo assim a capacidade de resposta a desastres naturais”, afirmou a coordenadoria.

 


O projeto prevê ainda a instalação de mais quatro estações de monitoramento em cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte, ainda sem detalhes de quais serão esses municípios. Atualmente, Minas Gerais tem sete sismógrafos do executivo estadual espalhados pelo território. “[...] teremos ainda mais bagagem para investir em ações de prevenção e mitigação quando se fala em abalos sísmicos”, declarou o coordenador estadual adjunto de Defesa Civil, tenente-coronel Carlos Eduardo Lopes.

 

A iniciativa, segundo a Cedec, é uma resposta ao aumento da atividade sísmica observada em Minas Gerais nos últimos anos. No dia 18 de julho, o terremoto de magnitude 7,3 que atingiu o norte do Chile foi sentido em Frutal e Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e em Congonhas, na Região Central do estado.

 

Enquanto isso, em Sete Lagoas, na Região Central, os moradores estão alarmados com a crescente magnitude dos tremores. No início do ano, a prefeitura instalou oito novos sismógrafos, também em parceria com a UnB. A última instalação desse tipo ocorreu em 2022, quando o governo federal enviou seis dispositivos à cidade.

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