Frutal, no Triângulo Mineiro, registrou um tremor de magnitude 3.2 na noite desse sábado (27/7), dois dias após outro sismo. O abalo sísmico, de baixa magnitude, é mais um na crescente frequência de tremores na cidade, que já contabilizou 27 eventos assim em apenas seis meses neste ano.

 

O então último tremor registrado em Frutal ocorreu na quinta-feira (25/7), com magnitude 2.4 na escala Richter.

 

Desde abril do ano passado, a região tem experimentado uma sequência de tremores, todos com magnitudes inferiores a 3, segundo o Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), responsável pelo monitoramento das estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) instaladas na cidade.

 

Em 18 de junho, a cidade registrou o maior tremor de terra de sua história, com magnitude 4 na escala Richter, desde que os abalos sísmicos começaram a ser medidos e registrados pelo Centro de Sismologia da USP, em 2015.

 



 

O instituto explica que a grande maioria dos tremores tem causas naturais e resulta de grandes pressões geológicas na crosta terrestre. “O tremor que as pessoas sentem é causado por uma movimentação repentina em uma falha ou fratura, que 'escorrega' devido às pressões geológicas”, afirmou o centro em nota na época do evento.

 

Monitoramento de terremotos

 

Depois de tremores sentidos em Minas Gerais, após um terremoto no Chile, a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) anunciou a expansão do monitoramento da atividade sísmica no estado. Novos sismógrafos serão instalados em três cidades da Região Central de Minas Gerais: Itabirito, Itabira e Santana do Riacho, locais com frequentes relatos de tremores de terra.


A Cedec não especificou o número de equipamentos a serem instalados, mas informou que, na última terça-feira (23/7), realizou uma visita técnica junto a pesquisadores das universidades, representantes das defesas civis municipais e das prefeituras para identificar os locais de instalação das novas estações. A instalação será conduzida pelo Observatório Sismológico (Obsis) da UnB, referência no tema.

 


Os dados coletados pelos sismógrafos serão analisados por pesquisadores do Laboratório de Geofísica do Instituto de Geociências da UFMG. A expectativa é que os novos aparelhos sejam instalados até o fim deste ano e comecem a operar no início de 2025. “Além do monitoramento contínuo, os dados obtidos serão disponibilizados para a comunidade científica e órgãos de defesa civil de Minas Gerais, fortalecendo assim a capacidade de resposta a desastres naturais”, afirmou a coordenadoria.


O projeto prevê ainda a instalação de mais quatro estações de monitoramento em cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte, ainda sem detalhes de quais serão esses municípios. Atualmente, Minas Gerais tem sete sismógrafos do executivo estadual espalhados pelo território.

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