A audiência da falsa enfermeira Cláudia Mônica Pinheiro Torres de Freitas, que aplicou vacinas falsificadas contra a COVID-19 em moradores de BH, foi confirmada para as 13h desta quarta-feira (31/7), na 4ª Vara de Tóxicos, Organização Criminosa e Lavagem de bens e Valores de Belo Horizonte, no Fórum Lafayette, unidade Barro Preto.


O crime ocorreu em março de 2021. Durante as investigações, a Polícia Federal (PF) apurou que as doses falsas foram negociadas por R$ 600. Na época dos fatos, a campanha de imunização contra a COVID-19 estava se iniciando no país, e apenas idosos e profissionais da área de saúde estavam sendo imunizados.




 

Cláudia teria ludibriado, segundo as investigações, um grupo de pessoas. A vacinação acontecia na garagem de uma grande empresa de ônibus de Belo Horizonte, a Saritur.


Estão previstas a audição de 24 testemunhas, entre acusação e defesa, além dos seis réus nessa primeira audiência de instrução e julgamento. Em princípio, a reunião judicial deveria ter acontecido em fevereiro deste ano, no entanto, foi remarcada a pedido da Defensoria Pública, do Ministério Público e da defesa da falsa enfermeira realizada Bruno Agostini Ribeiro. 


A acusada não precisará estar presente nessa audiência. Ela poderá participar da audiência por meio de videoconferência. Isso se tornou possível pelo fato da defesa ter alegado que Cláudia está com seu estado de saúde debilitado, o que teria sido comprovado com documentos médicos, que foram anexados ao processo. 


O crime


Cláudia teria se passado por enfermeira, para poder vacinar as vítimas. Ela vendeu a ideia a empresários, que chegaram a comprar doses da vacina falsificada, fornecidas pela falsa enfermeira.


Os empresários, aliás, foram investigados por furarem a fila de vacinação. Com as investigações, ficou comprovado que os imunizantes eram falsos e eles passaram a ser vítimas de estelionato.


Em abril de 2022, o Ministério Público solicitou à Justiça que as duas vítimas que apresentaram denúncia contra a falsa enfermeira Cláudia Mônica Pinheiro Torres de Freitas fossem indenizadas. A mulher também é acusada de falsificação de documentos para assumir a identidade de enfermeira. 


O defensor público Bruno Agostini Ribeiro disse que não se manifestará sobre o caso  até o encerramento do processo.




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