Museu Brasileiro do Futebol, no Mineirão
       -  (crédito:  Tulio Santos/EM/D.A.Press)

Museu Brasileiro do Futebol, no Mineirão

crédito: Tulio Santos/EM/D.A.Press

Imagine um lugar onde a história do futebol brasileiro se desenrola diante dos seus olhos, onde cada canto guarda memórias de jogos épicos, lendas do esporte e torcedores apaixonados. Esse lugar existe e está dentro do icônico Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, na Pampulha, em Belo Horizonte. Inaugurado em 2013, após as reformas de revitalização do estádio, o Museu Brasileiro do Futebol (MBF) é um verdadeiro santuário e oferece uma experiência imersiva no universo do esporte mais popular do país.

 

Agora, relembre como era folhear um álbum de figurinhas, daqueles que as crianças colecionam e trocam com os amigos na escola. Essa é a sensação de caminhar pelas 14 salas temáticas do museu. Cada uma narra diferentes aspectos da história do futebol em BH, Minas Gerais e no Brasil. “A ideia inicial era criar um espaço lúdico e informativo, além de uma atração turística. Buscamos criar um equipamento de vanguarda que atingisse a todos os públicos, não só os amantes do esporte”, conta o curador do MBF, Thiago Costa.

 

 

Os visitantes são convidados a explorar um acervo único que combina história, emoção e interatividade. Uma das salas mais emblemáticas é a “Campos Gerais”, que permite um encontro memorável com lendas do futebol. Nela estão expostas placas de bronze com as mãos de grandes ídolos que marcaram presença no Mineirão.

 

A sala “De Olho na Bola” também é destaque e se dedica à crônica esportiva e à relação da imprensa com o esporte. Os registros da mídia remetem a lembrança de ouvir os gritos de gol ecoando pelas arquibancadas. Outra parada obrigatória é a “ABC do Futebol”, como uma espécie de enciclopédia, ela reúne um glossário do jogo desde a China Antiga até chegar ao Brasil, com gírias e expressões comumente usadas.

A “Calçada da Fama” também não pode ficar de fora. Inaugurada com os pés de Pelé, após seu milésimo gol em 1969, ela traça um caminho que perpassa grandes craques como Reinaldo, Tostão e Ronaldo Fenômeno, até chegar em Ronaldinho Gaúcho. Além disso, dezenas de fotos antigas, camisas históricas, taças e troféus te transportam a narração do jogo, que em uma época vinha apenas pelo rádio, e cada gol descrito fazia o coração bater mais forte.

 

 

“Quando pensei na exposição quis fazer um projeto que mostrasse o futebol como um fenômeno cultural e tirá-lo do senso comum e dos clichês, trazendo ludicidade e informação.” Em 2023, o museu recebeu uma mostra temporária sobre o feijão tropeiro, por exemplo. “Conectamos a ideia com a identidade de BH e o hábito de comer tropeiro no estádio.” Thiago Costa explica que o acervo não se restringe apenas ao jogo, mas conta uma história social, fala de pessoas e todos os aspectos que cercam o esporte, tudo isso por meio de representações artísticas como caricatura, fotografia e a música.

 

Segundo o curador, o museu recebe desde sua abertura, em torno de 20 escolas por semana. Por isso, salas educativas também foram pensadas para explicar as regras do jogo, táticas e posições, como um verdadeiro manual de instruções para os futuros craques e entusiastas. 

 

*Estagiária sob supervisão do subeditor Rafael Oliveira

 

Serviço

Av. Coronel Oscar Paschoal - Pampulha, Belo Horizonte;
Das quintas-feiras aos domingos, de 10h às 17h (mediante consulta a agenda de jogos);
Ingressos: retirados no site do Mineirão ou no estande ‘Meu Mineirão’ (Esplanada Norte);
Preços: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia).