A vacinação contra a dengue está disponível para o público de 8 a 14 anos em Belo Horizonte. Seja para primeira aplicação ou para concluir o esquema vacinal, a vacina Qdenga é aplicada nos 152 centros de saúde da capital mineira e no Serviço de Atenção à Saúde do Viajante.
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Para receber a dose é necessária a presença dos pais, mães ou responsáveis legais. Documento de identificação com foto, CPF e comprovante de endereço também precisam ser apresentados, assim como o cartão de vacinação para o devido registro da dose.
Quem teve diagnóstico recente da doença deve aguardar seis meses após o início dos sintomas para receber a primeira dose da vacina. Caso a pessoa tenha dengue após o início do esquema vacinal, não há alteração no intervalo entre as duas doses, estipulado para ser de três meses.
Preocupação
Depois de vivenciar o pior surto de dengue de sua história, Minas Gerais olha com apreensão para 2025 e já se prepara para uma nova disparada de casos até o fim deste ano. Nessa quarta-feira (7/8), a Secretaria de Saúde anunciou o início antecipado das ações de prevenção e a alocação de R$ 163 milhões para enfrentar as arboviroses.
A circulação de um novo sorotipo da dengue — entre os quatro existentes — é uma das principais preocupações para o próximo ano. “Estamos olhando com preocupação para o próximo ano, pois o sorotipo 3 está circulando no Brasil como uma novidade. Sabemos que, em casos de co-infecção, o risco de casos graves é maior”, afirma o secretário de Saúde de Minas, Fábio Baccheretti, em coletiva de imprensa.
Até o momento, Minas já registrou mais de 1,6 milhão de casos prováveis da doença — ou seja, os notificados, exceto os descartados — e a perspectiva é que esse número aumente ainda mais com a chegada do período chuvoso, em novembro. “Não podemos esquecer que os ovos dos mosquitos já estão depositados em diversos locais. Logo voltará a chover. Isso significa que teremos vírus e mosquitos circulando no nosso estado”, pontua o secretário.
Diante desse cenário, o Governo de Minas anunciou o investimento de R$ 163 milhões para que os municípios se preparem para o próximo período sazonal das arboviroses, que vai de novembro a maio. A época de chuvas e calor intenso é propícia para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela, além do mosquito pólvora (ou maruim), que transmite a febre oropouche, diagnosticada pela primeira vez no estado em 2024.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Humberto Santos