Com imagens de câmeras de segurança da região, a PM identificou a placa do carro usado pelo homem e, horas depois do crime, ele foi encontrado  -  (crédito: Reprodução)

Com imagens de câmeras de segurança da região, a PM identificou a placa do carro usado pelo homem e, horas depois do crime, ele foi encontrado

crédito: Reprodução

O homem de 26 anos, suspeito de se passar por motorista de aplicativo e estuprar uma jovem, de 19, na madrugada de quinta-feira (15/8), no Bairro Vera Cruz, na Região Leste de Belo Horizonte, teria cometido o mesmo crime na capital em junho do ano passado, contra uma adolescente de 14 anos.

 

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Por isso, o juiz Fernando Lamego Sleumer optou por converter a prisão em flagrante para preventiva. Na decisão assinada nesse sábado (17/8), o magistrado justificou também que há um “modus operandi” semelhante ao se comparar os boletins de ocorrência registrados pela Polícia Militar para ambos os crimes. 

 

 

“Destaco, por oportuno, que o relato da vítima é bastante consistente (...). Ademais, não se vislumbra qualquer motivação para mentir ou prejudicar indevidamente o autuado”, frisou o juiz, acrescentando que a placa do veículo é a mesma informada nas duas ocorrências, além das características físicas do suspeito terem sido descritas de forma similar pelas vítimas.

 

 

O suspeito está custodiado no Presídio Inspetor José Matinho Drumond, em Ribeirão das Neves, na Grande BH, desde sexta-feira (16/8), onde permanece à disposição da Justiça, informou a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp-MG). 

 

Segundo o boletim de ocorrência, a vítima relatou que, na madrugada da última quinta-feira, voltava do serviço com uma amiga. De repente, um carro se aproximou, e o condutor ofereceu uma corrida. Ela aceitou e entrou sozinha no veículo. Na Avenida dos Andradas, o motorista sacou uma faca e mandou ela ficar calada. Em uma rua próxima, estacionou o carro, determinou que a jovem tirasse a roupa e a estuprou.

 

 

Com imagens de câmeras de segurança da região, a PM identificou a placa do carro usado pelo homem e, horas depois, ele foi encontrado em um apartamento no Bairro Santo Antônio, na Região Centro-Sul da capital. Na hora da abordagem, ele estava na companhia da namorada, que se apresentou como advogada. Dentro do imóvel, os militares encontraram roupas semelhantes às descritas pela vítima.

 

Acusação anterior de estupro

O crime anterior aconteceu em junho de 2023 no Bairro Serra. À Polícia Militar, a vítima e três amigas adolescentes informaram, na ocasião, que saíram do Barreiro, quando se depararam com o suspeito em seu carro. O homem perguntou para onde elas estavam indo. As garotas responderam que o objetivo era chegar até um baile funk no Aglomerado da Serra.

 

O rapaz, então, ofereceu carona e elas aceitaram. Ele deveria deixá-las na Praça do Cardoso, mas só parou o carro na Rua Henrique Passine e fez a primeira abordagem de cunho sexual para uma das adolescentes, que recusou a se envolver com o homem. Com isso, ele se irritou. Em seguida, três delas conseguiram sair do carro e uma ficou presa dentro do veículo, pois o suspeito conseguiu trancar a porta, momento em que teria começado a tirar as roupas.

 

 

No entanto, as amigas ficaram no local. Ao perceber a presença delas, o agressor arrancou com o carro. Enquanto conversavam com as testemunhas no local, os policiais viram a vítima saindo da Rua Corinto chorando. Conforme a PM, ela relatou que “havia sofrido abuso sexual” e recebido R$ 100 do suspeito. Para cometer o crime, o homem teria dopado a adolescente com a droga conhecida como loló. À época, ele não chegou a ser localizado.