A família de Felipe Barcelos realizou um protesto contra a Polícia Militar por causa da morte do auxiliar de limpeza no último dia 15. O rapaz de 31 anos foi alvejado por um policial militar dentro da empresa de ônibus em que ele trabalhava. A mãe da vítima, Maria Ivanete, disse que vai entrar na Justiça contra a PM por causa da morte do filho.
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Felipe foi morto por por um policial militar que justificou o disparo dizendo que o rapaz investiu contra ele. O enterro de Felipe foi nesta terça-feira (20/8), no Cemitério Nossa Senhora da Glória, no Bairro Bandeirantes, em Contagem, na Grande BH.
Segundo Maria Ivanete, até o momento, ela não foi procurada pela Polícia Civil para a investigação da morte do filho. “Isso não pode ficar assim, e não vai ficar. Vou lutar para provar que meu filho foi assassinado”, prometeu.
Segundo a mãe da vítima, existe o descaso e estão fazendo pouco caso para investigar a morte do filho. “Já constituímos um advogado e vamos até o fim por justiça”.
O corpo de Marcelo estava no IML desde a sua morte, para a realização dos exames e foi liberado no fim da tarde dessa segunda-feira (19/8), por isso, o sepultamento, com caixão fechado, somente pôde acontecer nesta terça-feira. "Nós ainda não recebemos o laudo, que ficará pronto somente dentro de três semanas, pois o prazo, de lei, é de 30 dias. Mas sabemos que havia várias perfurações no corpo do meu filho”, diz ela, aos prantos.
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Cleidimar Barcelos, pai Marcelo, vai além, e fala em covardia: “Foi filho foi morto de forma irracional. Ele era dependente químico, viciado em cocaína. Foi morto com três disparos. Estava desarmado, quase nú. O que falar desses policiais. Ele não tinha condições de responder a qualquer pergunta. Não representava risco. Ele estava dopado e não raciocinava. A Polícia Militar tem treinamento para lidar com esse tipo de situação. O estado tem de responder por esse crime.”
O que aconteceu
Segundo o registro da Polícia Militar, no dia da morte, Marcelo, que se mostrava alterado, agressivo, importunando e ameaçando pessoas que transitavam pelo cruzamento das ruas Lúcio Bittencourt e Peçanha, no Bairro Carlos Prates, na Região Central de BH, na noite do dia 14 de agosto, acabou morto depois de investir contra um policial militar, que sacou a ama e atirou para se defender.
Segundo o Boletim de Ocorrência, uma viatura fazia o patrulhamento no bairro e os policiais foram alertados por pessoas que tinham sido importunadas pelo homem de 25 anos e que não teve a identidade revelada no momento.
A viatura parou no local e um dos policiais tentou conversar com o homem, que se mostrava bastante agressivo. Nesse momento, o homem investiu contra o militar.
O policial sacou o spray de pimenta e atirou na direção do suspeito, mas ele prosseguiu, investindo novamente contra o militar. Acuado, sacou seu revólver e atirou, atingindo o agressor duas vezes, no ombro e abdômen.