Assinatura de contrato que visa fortalecer a cooperação, conservação e recuperação do meio ambiente natural, cultural e urbanístico -  (crédito: Jair Amaral/EM/D.A Press)

Assinatura de contrato que visa fortalecer a cooperação, conservação e recuperação do meio ambiente natural, cultural e urbanístico

crédito: Jair Amaral/EM/D.A Press

No mês em que se celebra o Patrimônio Cultural do Brasil, Belo Horizonte pode se orgulhar de duas importantes iniciativas para valorizar seu conjunto arquitetônico, com a futura restauração, anunciada nesta quarta-feira (21/8), dos casarões Solar Narbona e Palacete Dantas, ícones da região da Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul.

 

 

 

 

Pela manhã, foi selado o compromisso para essa finalidade entre o procurador-geral do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Jarbas Soares Júnior, e a presidente do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6), a desembargadora federal Mônica Sifuentes.

 

 

Durante encontro na capital, ficou definido que os recursos serão oriundos de acordo de cooperação técnica entre as duas instituições. “Estamos satisfeitos pois, em breve, vamos entregar à população, restaurados e com novos usos, esses dois palácios, que compõem a Praça da Liberdade”, disse o procurador-geral.

 

 

Ele adiantou ainda a implantação da segunda fase do Programa Minas para sempre, do MPMG, que tem o objetivo de promover a recuperação, restauração e conservação de bens culturais do estado. O investimento provém de medidas compensatórias e mitigatórias entre o MPMG e entes privados.

 

 

 

O casarão Solar Narbona será destinado ao uso da população e abrigará também o centro de memória, a revista e a escola de magistratura do TRF6. Para elaboração do projeto arquitetônico de restauro do monumento (localizado na Avenida Cristóvão Colombo, 290), construído em 1911 em estilo eclético, foi destinado R$ 1,4 milhão da Plataforma Semente/MPMG.

 

 

O Palacete Dantas, por sua vez, será ocupado pelo MPMG, com finalidade cultural e aberto à população, com obras iniciadas em breve.

 

 

O projeto arquitetônico vai demandar de oito a dez meses para ser concluído, e, após esse período, começará o serviço. “É uma execução complexa e delicada, porque se trata de um patrimônio histórico do povo mineiro”, afirmou o coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente (Caoma/MPMG), Carlos Eduardo Ferreira Pinto.

 

 

A Plataforma Semente financia os projetos de restauração com recursos recuperados pelo MPMG em suas ações na área ambiental. A instituição destina parte desses recursos à promoção do patrimônio cultural, restauração e preservação.

 

 

 

 

Vida Nova

Durante a assinatura do acordo, a presidente do TRF6, desembargadora federal Mônica Sifuentes, demonstrou alegria pelo projeto cultural destinado ao povo mineiro. “Sonhamos com o dia em que os prédios estarão recuperados, e que a população poderá, finalmente, desfrutar daquela área tão nobre, bonita, característica e cartão-postal da nossa cidade. Que possamos reintegrá-los para uso da população”, ressaltou a presidente do TRF6.

 

 

De acordo com Jarbas Soares Júnior, o TRF6 apresentou um projeto para a restauração do Solar Narbona, vizinho do Palacete Dantas. “Queremos entregar esses dois palacetes para uso, pois são bens da população. Hoje demos um passo muito importante para a restauração e preservação da Praça da Liberdade”, comemorou o procurador-geral.

 

 

 

 

 

Já o coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente (Caoma), Carlos Eduardo Ferreira Pinto, observou que a restauração dos prédios é fundamental para que a memória seja preservada. “O ato de hoje é simbólico, porque demonstra essa relação entre instituições e a preservação do nosso patrimônio cultural”.

 

 

 

 

 

 

Carlos Eduardo falou também sobre a idealização do projeto, que une preservação da memória, meio ambiente e tecnologia. “O casarão vai contemplar questões ambientais, pois teremos energia solar e aproveitamento da água de chuva. Quem ganha é o povo mineiro, que terá dois casarões históricos integrados ao Circuito Liberdade”.

 

 

 

O Solar Narbona será destinado ao uso da população, à revista e também ao centro de memória e a escola de magistratura do TRF6. Enquanto o centro de memória desempenhará papel cultural, estando aberto à visitação pública; a escola de magistratura e a revista do TRF-6 proporcionarão conhecimento e integração entre o público e a sociedade civil.